Cérebro é capaz de aprender durante o sono
Pesquisa, realizada pela neurobióloga israelense Anat Arzi, examinou a correlação entre olfato e audição e a memória armazenada no cérebro
Da Redação
Publicado em 31 de agosto de 2012 às 10h06.
São Paulo - O cérebro humano tem a capacidade de captar informações novas durante o sono. Esta é a conclusão de um estudo que acaba de ser publicado por pesquisadores do Instituto Weizmann, de Israel. A pesquisa , realizada ao longo de três anos pela neurobióloga israelense Anat Arzi, examinou a correlação entre olfato e audição e a memória armazenada no cérebro. “É a primeira vez que uma pesquisa científica consegue demonstrar que o cérebro é capaz de aprender durante o sono”, declarou Arzi.
Segundo a cientista, estudos prévios já demonstraram a capacidade de bebês aprenderem enquanto dormem, mas a pesquisa recém-divulgada descobriu que o mesmo vale para os adultos.
O experimento, realizado por Anat Arzi em colaboração com o professor Noam Sobel, diretor do Laboratório do Olfato do Instituto, examinou as reações de 55 pessoas que foram expostas a sequências de sons e cheiros enquanto dormiam. As sequências, que incluiam um intervalo de 2,5 segundos entre o som e o cheiro, expunham os participantes a odores agradáveis (de perfume ou xampu) ou desagradáveis (de peixes podres ou outros animais em decomposição), de forma sistemática e sempre antecedidos por sons que se repetiam.
“A vantagem de se utilizar o olfato é que os cheiros geralmente não interrompem o sono, a não ser que sejam muito irritantes para as vias respiratórias”, explicou a cientista. Durante o experimento, os cientistas observaram sinais de que os participantes adormecidos passaram por uma “aprendizagem associativa”.
“Com o tempo, criou-se um condicionamento. Bastava que os participantes ouvissem determinado som para que a respiração deles se alterasse e se tornasse mais longa e profunda – nos casos de associação com odores agradáveis –, ou mais curta e superficial – nos casos de sons ligados a cheiros desagradáveis”, afirmou Arzi.
A cientista também relatou que as mesmas reações ocorriam na manhã seguinte, quando os participantes acordavam. Se fossem expostos a um som associado com um odor agradável, respiravam longa e profundamente.
"O fato de que as informações ficaram gravadas no cérebro e causaram reações fisiológicas idênticas, mesmo quando os participantes estavam despertos, demonstra que eles passaram por uma aprendizagem associativa enquanto dormiam", disse.
Para a pesquisadora, a descoberta pode ser “um primeiro passo no estudo da capacidade do cérebro humano de obter uma aprendizagem mais complexa durante o sono”.
São Paulo - O cérebro humano tem a capacidade de captar informações novas durante o sono. Esta é a conclusão de um estudo que acaba de ser publicado por pesquisadores do Instituto Weizmann, de Israel. A pesquisa , realizada ao longo de três anos pela neurobióloga israelense Anat Arzi, examinou a correlação entre olfato e audição e a memória armazenada no cérebro. “É a primeira vez que uma pesquisa científica consegue demonstrar que o cérebro é capaz de aprender durante o sono”, declarou Arzi.
Segundo a cientista, estudos prévios já demonstraram a capacidade de bebês aprenderem enquanto dormem, mas a pesquisa recém-divulgada descobriu que o mesmo vale para os adultos.
O experimento, realizado por Anat Arzi em colaboração com o professor Noam Sobel, diretor do Laboratório do Olfato do Instituto, examinou as reações de 55 pessoas que foram expostas a sequências de sons e cheiros enquanto dormiam. As sequências, que incluiam um intervalo de 2,5 segundos entre o som e o cheiro, expunham os participantes a odores agradáveis (de perfume ou xampu) ou desagradáveis (de peixes podres ou outros animais em decomposição), de forma sistemática e sempre antecedidos por sons que se repetiam.
“A vantagem de se utilizar o olfato é que os cheiros geralmente não interrompem o sono, a não ser que sejam muito irritantes para as vias respiratórias”, explicou a cientista. Durante o experimento, os cientistas observaram sinais de que os participantes adormecidos passaram por uma “aprendizagem associativa”.
“Com o tempo, criou-se um condicionamento. Bastava que os participantes ouvissem determinado som para que a respiração deles se alterasse e se tornasse mais longa e profunda – nos casos de associação com odores agradáveis –, ou mais curta e superficial – nos casos de sons ligados a cheiros desagradáveis”, afirmou Arzi.
A cientista também relatou que as mesmas reações ocorriam na manhã seguinte, quando os participantes acordavam. Se fossem expostos a um som associado com um odor agradável, respiravam longa e profundamente.
"O fato de que as informações ficaram gravadas no cérebro e causaram reações fisiológicas idênticas, mesmo quando os participantes estavam despertos, demonstra que eles passaram por uma aprendizagem associativa enquanto dormiam", disse.
Para a pesquisadora, a descoberta pode ser “um primeiro passo no estudo da capacidade do cérebro humano de obter uma aprendizagem mais complexa durante o sono”.