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CEO do futuro precisa ter empatia e ser comunicativo, debatem executivos

Profissionais em cargos de liderança em empresas como Boticário, Microsoft, Sovos, Think e Gol discutem como liderar companhias durante e após a pandemia

Tania Cosentino: líder da Microsoft no Brasil foi uma das debatedoras do workshop da EXAME/Money Report (Microsoft/Divulgação)
RL

Rodrigo Loureiro

Publicado em 15 de setembro de 2020 às 13h23.

Última atualização em 15 de setembro de 2020 às 14h58.

A terceira apresentação do workshop virtual organizado pela EXAME em parceria com a  Money Report debateu o que será preciso para desenvolver as habilidades do CEO do futuro. Na conversa, transmitida ao vivo pelo YouTube, estavam presentes executivos que comandam grandes empresas do Brasil, como Artur Grynbaum (Boticário), Paulo Kakinoff (Gol), Tânia Cosentino (Microsoft Brasil), além dos debatedores Paulo Castro (Sovos) e Marco Lorena (Think). A mediação foi feita por Pedro Thompson.

Os executivos debateram as mudanças no ambiente de trabalho causadas pela pandemia do novo coronavírus. Para Marco Lorena, mesmo com os funcionários isolados em casa e trabalhando remotamente, houve uma aproximação das áreas. O executivo explica que foi surpreendido com uma reação positiva das pessoas em relação ao home office. “Estamos falando mais com as pessoas, mesmo que seja de uma forma virtual”. Para ele, comunicação é fundamental.

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Paulo Castro, da Sovos, esteve em linha com o discurso de que a comunicação é fundamental, ainda mais em um momento atípico como o atual por conta da covid-19. Ele explica que houve uma excitação nos primeiros meses de trabalho remoto, mas que a preocupação agora é tentar manter essa produtividade até janeiro. “Isso está sendo endereçado com cada vez mais proximidade com os clientes, para entender as necessidades de cada um”, afirma.

No comando brasileiro da Microsoft, Tania Cosentino lembrou da zoom fatigue, um cansaço adicional causado pela tensão do trabalho remoto. “As pessoas estão trabalhando muito mais e estão cansadas”, afirma. E a empatia pode ajudar neste ponto. A Microsoft implementou práticas para tentar amenizar esses efeitos, como a criação de eventos virtuais para o lazer dos funcionários e até uma criação de uma licença remunerada de até 12 semanas.

O caso do Boticário é diferente das empresas citadas anteriormente porque a empresa precisou lidar com o fechamento das lojas físicas durante a pandemia. “Era preciso pensar em como ganhar dinheiro mesmo com as lojas fechadas”, diz Artur Grynbaum. O e-commerce triplicou durante o período graças a uma estratégia com o uso de ferramentas virtuais, seja o WhatsApp ou uma loja virtual, para auxiliar as vendas. Outra medida foi manter as médias salariais dos funcionários nos últimos meses.

O setor aéreo vive incerteza com a pandemia do novo coronavírus. Para combater isso, a Gol adotou uma plataforma de comunicação interna para prover o máximo de informações possível para os funcionários em um momento de incerteza sobre o mercado aéreo. “Precisávamos passar por esse deserto”, afirma Paulo Kakinoff, diretor executivo da Gol. “Estamos com mais água no cantil do que imaginávamos no começo, mesmo com a crise mais aguda do que pensávamos no começo.”

A megalive organizada pela EXAME/Money Report com outros workshops conta ainda com outras cinco transmissões nesta terça-feira (15). A agenda completa pode ser conferida neste link.

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