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Celulares de SP terão nove dígitos a partir deste domingo

Para atender à crescente demanda na área de DDD 11, todas as linhas de telefone móvel terão o número 9 à frente

A medida, determinada pela Agência Nacional das Telecomunicações (Anatel), tem por objetivo ampliar as possibilidades de combinação numérica na região (Stock.Xchng)

A medida, determinada pela Agência Nacional das Telecomunicações (Anatel), tem por objetivo ampliar as possibilidades de combinação numérica na região (Stock.Xchng)

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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2012 às 13h06.

São Paulo - A partir deste domingo, as 34,25 milhões de linhas de telefonia móvel da Grande São Paulo (área de DDD 11) ganharão um número a mais. O dígito 9 será automaticamente acrescentado à frente das numerações antigas – que passarão a ter nove dígitos (veja quadro explicativo).

A medida, determinada pela Agência Nacional das Telecomunicações (Anatel), tem por objetivo ampliar as possibilidades de combinação numérica na região. Ao acrescentar o nono dígito, a rede da área de DDD 11 – que hoje tem capacidade para 44 milhões de combinações – passa a ter capacidade para combinar 90 milhões de novos números. Se não fosse feita a ampliação da oferta de números, a região metropolitana de São Paulo só teria novas linhas por mais sete meses.

Ampliação – Num primeiro momento, apenas os usuários de 64 municípios paulistas serão afetados pela mudança. Em um segundo momento, haverá ampliação da medida para todo o país. A Anatel, no entanto, ainda não fixou um cronograma para a adoção do nono dígito em outros DDDs.

Segundo a agência reguladora, a região que está mais próxima de sofrer saturação de combinação numérica é a de DDD 21, equivalente à cidade do Rio de Janeiro e região metropolitana. A previsão é que as possibilidades de novos números esgotem-se em dois ou três anos nessa área. Outras regiões em que poderá haver saturação no médio e longo prazo correspondem às capitais (e adjacências) dos estados de Minas Gerais (DDD 31), Rio Grande do Sul (DDD 51) e em Pernambuco (DDD 81).

“A implementação em outros Estados não será apenas para aumentar a numeração, mas para padronizar o nono dígito em todo o pais”, disse Nascimento.

Investimentos – Para aderir à nova regra, as operadoras tiveram um custo operacional de 300 milhões de reais que, segundo a Anatel, não será repassado aos consumidores.

Adaptação – Para evitar transtornos, a Anatel dará um tempo de adaptação aos usuários e às operadoras, as quais serão obrigadas a avisar, por meio de gravações telefônicas, sobre a nova regra. Por dez dias, as ligações com oito ou nove dígitos serão completadas normalmente. Após esse prazo, de forma gradual, ocorrerão interceptações das chamadas com discagem errada (sem o nono dígito) e os usuários ouvirão mensagens com orientações sobre a nova forma de ligar. Em janeiro do ano que vem, as chamadas para celular de DDD 11 realizadas com oito dígitos não serão completadas e tampouco haverá aviso sobre novos procedimentos.

A Anatel não descarta, contudo, que, se for detectado que o usuário não aprendeu a nova forma de ligar, poderá ampliar o prazo para adaptação.

Risco – De acordo com Adeilson Evangelista Nascimento, gerente de interconexões da Anatel, todas as operadoras estão aptas a encaminhar chamadas com nono dígito nos próximos dias, mas poderá haver instabilidade no serviço. Quando isso acontecer, a operadora terá de informar os usuários. A implementação total do nono dígito em São Paulo acontecerá até o final deste ano

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