Para idealizador do projeto, vantagem da técnica é que permite que o material seja aplicado com precisão, e deixa o designer livre para criar (Urbee Project)
Gabriela Ruic
Publicado em 1 de novembro de 2011 às 11h50.
São Paulo - O simpático Urbee (Urban Electric with Ethanol as backup) pode parecer mais um carro híbrido, isto é, movido a etanol e também por um motor elétrico. A diferença é a maneira como ele foi construído: a partir da impressão em 3D, camada por camada, até que o veículo estivesse completamente montado.
De acordo com Jim Kor, engenheiro, designer e idealizador do Urbee Project, o processo de impressão é “aditivo”, isto é, o material do protótipo, plástico ABS, é derretido e adicionado, aos poucos, lentamente dando forma ao capô. Ainda segundo ele, a intenção é que, num futuro próximo, apenas materiais recicláveis sejam usados na produção do Urbee. Para tornar viável a “impressão” do carrinho, a Kor Ecologic, liderada por Jim, contou com a ajuda de uma empresa especializada em impressoras 3D, a Stratasys. A vantagem desta técnica, explica Jim, é permitir que o material seja aplicado com precisão, no lugar onde o designer preferir, deixando o profissional livre para criar como achar pertinente e tornando o estágio da produção único.
O resultado é este carro cilíndrico, de dois passageiros e apenas oito cavalos de potência, o mínimo necessário para fazer com que se movimente. Uma redução drástica de força de motor em relação aos carros convencionais, mas que se sustenta na tese de que os automóveis atuais tem muito mais potência que o necessário para a rodagem urbana, e se apresenta como uma vantagem do Urbee frente seus concorrentes, pois o protótipo necessita de apenas um oitavo da energia que os automóveis convencionais.
A equipe definiu que usaria apenas tecnologias que já existem e o objetivo era que o carro fosse o mais prático, econômico e sustentável possível. Estima-se que a vida útil do pequeno Urbee seja de 30 anos e que comece a ser produzido em escala comercial em 2014.