Brinquedo na American International Toy Fair, a Feira Internacional de Brinquedos dos EUA: só nos EUA, o mercado do brinquedo movimenta US$ 22 bilhões ao ano (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 17 de fevereiro de 2014 às 14h54.
Nova York - Os clássicos que resistem ao fim e artigos definitivamente retrô fazem concorrência às novas tecnologias na American International Toy Fair (a Feira Internacional de Brinquedos dos Estados Unidos), um evento tradicional para a indústria mundial que reúne centenas de fabricantes, distribuidores, importadores e agentes de vendas de todo o mundo para mostrar seus brinquedos e entretenimento e as apostas para o ano.
O que poderia ser o sonho de muitas crianças é, na realidade, um evento fechado exclusivamente para profissionais do setor e no qual nenhum pequeno pode entrar. Nessa feira ninguém vai para brincar. Trata-se de um negócio sério, em que pessoas vão para vender e para comprar.
Só nos Estados Unidos, o mercado do brinquedo movimenta US$ 22 bilhões ao ano e a feira, que neste ano celebra sua 111ª edição, atrai 14 mil compradores representando milhares de estabelecimentos.
Mas o que prevalece hoje no mundo dos brinquedos? Apesar do parece, continuam causando furor os conceitos clássicos. Bonecas, carros, bonecos de super-heróis, jogos de montar... Tudo atualizado, é claro, mas não tão longe dos entretenimentos que as crianças desfrutavam há meio século.
Entre outros brinquedos, há a imortal Barbie, que neste ano chegará às lojas em novas versões entre elas a "Barbie Empreendedora", munida de um smartphone, tablet e uma maleta.
Também seguem triunfando os brinquedos inspirados em histórias em quadrinhos, filmes e séries de televisão, desde as princesas da Disney até "Dora, a Aventureira", passando por super-heróis e personagens como o cachorro "Snoopy", ao que o fabricante Schleich se dedicou a fotografar por toda Nova York para conquistar as redes sociais.
A Mattel, uma das gigantes do setor, é clara e aponta como a principal tendência deste ano o clássico, seguido pelos brinquedos personalizados, os de montar, os artigos inovadores e o retrô, segundo explicou Nadia Moya, representante da companhia, à Agência Efe.
A aposta por reviver produtos que contam com o encantamento do passado se materializa, por exemplo, em figuras como Batman, que está baseado no clássico dos anos 60, em vez de se inspirar nos últimos filmes.
A japonesa Bandai batizou o fenômeno de "retromania" e faz sua particular contribuição tentando reviver o fenômeno do Tamagotchi. Os pequenos animais eletrônicos de estimação que triunfaram na década de 90 voltam aproveitando os novos smartphones.
O Playmobil também mantém a sua linha clássica, que neste ano celebra seu 40º aniversário, e Lego, cuja grande atração na feira é o recém-lançado filme de animação, que serve de inspiração para um bom número de novas construções.
Entre os mais tradicionais figuram produtos como as bonecas espanholas "Paola Reina", que tentam entrar no mercado americano vendendo a qualidade de sua construção à mão e garantidas pela etiqueta "Made in Spain", explicou à Efe o representante da empresa Lucas García.
No outro extremo figuram várias empresas que buscam utilizar ao máximo as possibilidades que oferecem as redes sociais e os mais recentes produtos eletrônicos de consumo, como smartphones e tablets.
A Toy Fair dedica também um amplo espaço aos produtos vinculados ao esporte, como brinquedos de estrelas da NBA e do futebol americano, mas cada vez mais de competições estrangeiras.
Além disso, é possível ver multidão de brinquedos educativos para crianças de todas as idades, que seguem representando uma grande parte do mercado.
O evento, que está aberto até a próxima quarta-feira, foi inaugurado neste domingo pela cantora Alicia Keys. Ela protagoniza o aplicativo para "The Journals of Mama Mae & LeeLee" baseado em contos para crianças acompanhados de músicas da artista.