Tecnologia

Brasileiros trabalham em drone capaz de voar sem piloto

Robô projetado pela empresa E2Pro será capaz de voar por 40 minutos em velocidades de até 30 quilômetros por hora


	Drone: quando estiver pronto, robô voador da E2Pro poderá alcançar velocidades de até 30 quilômetros por hora
 (Divulgação)

Drone: quando estiver pronto, robô voador da E2Pro poderá alcançar velocidades de até 30 quilômetros por hora (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2015 às 05h00.

São Paulo - A empresa de engenharia E2Pro está desenvolvendo um drone com tecnologia brasileira. Quando estiver pronto, o robô será capaz de voar sem o auxílio de pilotos.

"O voo sem piloto é possível graças ao GPS e outros recursos, que identificam as coordenadas e orientam a navegação do drone", explicou Paulo Schaefer em entrevista a EXAME.com. Ele é fundador da E2Pro e trabalha no projeto.

Com 6 motores movidos a baterias de lítio, o drone da E2Pro terá autonomia de voo de 40 minutos. Sua estrutura será de fibra de carbono.

Pelas contas de Schaefer, o robô poderá voar em alturas de até mil metros com velocidade máxima de 30 quilômetros por hora. 

Equipado com recursos como acesso a rede 3G para compartilhamento de fotos e outros tipos de dados, cada drone deverá custar entre 8 mil e 15 mil reais.

Autorização

"Para o drone voar, autorizações da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e da FAB (Força Aérea Brasileira) serão necessárias", afirmou Schaefer.

Segundo ele, o monitoramento de incêndios em florestas ou de animais em extinção é uma das possíveis aplicações do drone. Para tirá-lo do papel, Schaefer criou uma campanha no site de financiamento coletivo Kickante

Ele já arrecadou cerca de 2 mil reais. Mesmo com o valor muito abaixo da meta de 48 mil reais prevista para o projeto, Schaefer pretende continuar financiando a iniciativa com recursos próprios após o fim da campanha.

Para ele, o mais importante é despertar o debate sobre o atraso tecnológico que enxerga no Brasil.

"O povo brasileiro discute temas como segurança pública, futebol, carnaval e muitas vezes se esquece da questão tecnológica, que é um problema muito grave do nosso país hoje", afirma Schaefer.

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