Tecnologia

Brasileiros batem recorde de R$ 152 bilhões em gastos com celulares no ano

Levantamento projeta que consumo com telecomunicações chegará a R$ 250,8 bilhões; celulares e acessórios somam 60% do total

André Lopes
André Lopes

Repórter

Publicado em 18 de novembro de 2025 às 06h00.

O mercado brasileiro de telecomunicações deve alcançar R$ 250,8 bilhões em consumo até o final de 2025, segundo dados da pesquisa IPC Maps. O valor representa um crescimento de 11,1% em relação a 2024 e inclui despesas com aquisição e manutenção de linhas telefônicas, aparelhos, pacotes de TV e internet.

Com destaque para a categoria Celular e Acessórios, que sozinha movimentará R$ 152,1 bilhões (60,6% do total), o levantamento aponta que a telefonia móvel segue como a principal força do setor. Pacotes de serviços integrados, como telefone fixo, celular, TV e internet, vêm em segundo, com R$ 103 bilhões previstos para 2025.

O levantamento também revela uma desigualdade regional no consumo de serviços e produtos de telecom. O estado de São Paulo lidera com folga, com potencial de R$ 76,5 bilhões ao ano, seguido por Rio de Janeiro (R$ 30,2 bilhões), Minas Gerais (R$ 25,4 bilhões) e Rio Grande do Sul (R$ 16,6 bilhões). Na outra ponta do ranking, estados como Roraima e Amapá aparecem com menos de R$ 500 milhões em consumo.

Crescimento modesto na abertura de empresas do setor

Mesmo com o avanço da demanda, o número de empresas de serviços de telecomunicações cresceu de forma tímida. Entre 2024 e 2025, foram abertas apenas 2.375 novas unidades, alta de 3,6%, totalizando 67.623 negócios ativos no país. O maior crescimento percentual foi entre as Empresas de Pequeno Porte (EPPs), que avançaram 12,6% no período.

Microempreendedores Individuais, os MEIs, ainda representam o maior número de CNPJs ativos no setor (31.998), embora o crescimento nessa categoria tenha sido mais discreto, com alta de 1,3%.

Entre as categorias de consumo, a que apresentou maior crescimento proporcional foi a de telefone fixo, com 10,17% de aumento frente ao ano anterior, seguida por pacotes de telefone, TV e internet (10,10%) e celular e acessórios (11,50%).

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