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Brasil é terceiro maior emissor de spams da internet

Especialistas pedem a criação de uma legislação clara contra crimes na internet

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

São Paulo - O Brasil é o terceiro maior emissor de mensagem eletrônicas não solicitadas, mais conhecidos como spams. Segundo a empresa norte-americana de segurança na internet Shopos, endereços brasileiros de correio eletrônico enviam 5,5% desse tipo de e-mails. O Brasil fica atrás só dos Estados Unidos, que envia 15,2% dos spams, e da Índia, com 7,7%.

Os dados apurados pela Sophos foram apresentados hoje (31) durante o seminário Crimes Eletrônicos - A Urgência da Lei, realizado na Câmara Americana de Comércio (Ancham), em São Paulo. No evento, representantes da polícia, da Justiça, do setor empresarial e de usuários da internet debateram formas de combater os crimes praticados na rede mundial de computadores.

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O envio de spams é um dos tipos de contravenção cometida na internet. As mensagens não solicitadas muitas vezes contêm programas, que permitem que criminosos acessem dados pessoais de usuários da internet e os utilizem para cometer fraudes.

O envio desses e-mails ou a propagação de conteúdo malicioso é chamada de worm. O worm corresponde a 14,5% dos incidentes na internet cometidos entre abril e junho de 2010, segundo o Centro de Estudos, Respostas e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (Cert.br).

De acordo com a entidade, as varreduras de computadores conectados à rede em busca de informação de usuários é o incidente mais recorrente. São 51,8% dos casos reportados.

O delegado da Polícia Federal Carlos Eduardo Sobral, que participou do evento desta manhã, afirmou que os crimes na internet crescem à medida que o uso do computador se populariza no Brasil. Segundo Sobral, além de ser o terceiro maior emissor de spams, o país é o quarto ou o quinto maior difusor da pornografia infantil na internet.

"Ao mesmo tempo que nós nos inserimos no mundo digital, não conseguimos evitar o crescimento da criminalidade", afirmou o delegado, em sua participação no seminário.

Para ele e outros participantes do encontro, a criação de um marco legal, que facilite a identificação de criminosos que atuam na internet, é essencial para a repressão dos crimes.

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