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Boom de criptomoedas atrai cibercriminosos, aponta relatório

Com lançamentos semanais de novas moedas alternativas, os cibercriminosos desenvolveram vários esquemas para enganar os detentores de moedas virtuais

Bitcoin: "eles vêem no desregulamentado e amplamente inseguro mundo das moedas digitais uma grande oportunidade para atacar pessoas, empresas e bolsas" (Benoit Tessier/Illustration/Reuters)

Bitcoin: "eles vêem no desregulamentado e amplamente inseguro mundo das moedas digitais uma grande oportunidade para atacar pessoas, empresas e bolsas" (Benoit Tessier/Illustration/Reuters)

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Reuters

Publicado em 1 de fevereiro de 2018 às 17h57.

Nova York - A popularidade do bitcoin e o surgimento de cerca de 1.500 outras moedas digitais atraíram mais hackers para o aquecido mercado de criptomoedas, expandindo as oportunidades de crime e fraude, alertou a empresa de segurança cibernética Digital Shadows em relatório nesta quinta-feira.

"Os cibercriminosos seguem o dinheiro e atualmente eles vêem no desregulamentado e amplamente inseguro mundo das moedas digitais uma grande oportunidade para atacar pessoas, empresas e bolsas e ganhar dinheiro rápido e facilmente", disse Rick Holland, vice-presidente de estratégia da Digital Shadows.

Com lançamentos semanais de novas moedas alternativas, ou "altcoins", os cibercriminosos desenvolveram vários esquemas para enganar os detentores de moedas virtuais. "Crypto jacking, tomada de contas e golpes contra oferta inicial de moedas (ICOs, na sigla em inglês) se tornaram mais comuns, de acordo com o relatório.

No "crypto jacking", os cibercriminosos secretamente assumem o controle do navegador do computador de outro usuário e o utilizam para minar moedas virtuais, de acordo com o relatório da Digital Shadows. Os mineradores usam um software especial para resolver equações matemáticas e receber um certo número de criptomoedas em troca.

Além disso, a empresa de segurança cibernética disse que criminosos realizam fraudes usando coleções de dispositivos conectados à Internet (botnets), incluindo computadores, servidores e dispositivos móveis que são infectados e controlados por um tipo comum de vírus. Os usuários geralmente não sabem que um botnet infectou seu sistema.

Os cibercriminosos também foram atraídos para o crescente mercado de ICOs, segundo o relatório. As ofertas iniciais de moedas arrecadaram cerca de 5 bilhões de dólares para várias startups e projetos em 2017, de acordo com dados da Crunchbase. Isso é um salto exponencial, ante apenas 100 milhões de dólares em 2016.

Ao invés de vender criptomoedas falsas, os criminosos visam moedas legítimas, seja roubando fundos de ICOs ou manipulando preços através de esquemas de "pump and dump", geralmente usando quantias insignificantes e outros ativos menos líquidos, disse o relatório.

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