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Bactéria resiste a antibióticos de última geração

Grupo de investigadores dinamarqueses encontrou sinais de uma bactéria que contém um gene que a torna resistente a antibióticos de última geração

Bactéria é vista em microscópio: este tipo de bactérias, detectadas no sul da China, são resistentes às polimixinas, que são utilizadas como "último recurso" (Eric Piermont/AFP)

Bactéria é vista em microscópio: este tipo de bactérias, detectadas no sul da China, são resistentes às polimixinas, que são utilizadas como "último recurso" (Eric Piermont/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2015 às 21h23.

Copenhague - Um grupo de investigadores dinamarqueses encontrou sinais de uma bactéria que contém um gene que a torna resistente a antibióticos de última geração, uma mutação que já tinha sido identificada por peritos chineses.

Um estudo publicado na China em 19 de novembro revelou que eles haviam encontrado bactérias com um gene que as torna resistentes a vários antibióticos de última geração - utilizados como último recurso contra os agentes patogênicos que não respondem a outros medicamentos.

Este tipo de bactérias, detectadas no sul da China, são resistentes às polimixinas, que são utilizadas como "último recurso" contra bactérias gram - (como Enterobacter, E. coli, Klebsiella pneumoniae), especialmente em pessoas com fibrose cística ou em reanimação.

"Uma bactéria com o mesmo tipo de resistência agora foi detectada na Dinamarca", disse a Universidade Técnica da Dinamarca em comunicado no qual revelou um estudo publicado na semana passada.

Utilizando uma base de dados de DNA de bactérias, os pesquisadores encontraram o gene num paciente que sofreu uma infecção no sangue em 2015, e em cinco amostras de aves domésticas importadas no período entre 2012 e 2014.

As aves vieram da Alemanha, disse à AFP o biólogo especialista em microrganismos Frank Moller Aarestrup.

Esta descoberta é "muito preocupante", afirmou o Instituto Robert Forest, ligado ao ministério da Saúde e que é a entidade encarregada de supervisionar e controlar as doenças infecciosas.

"Como o gene só foi encontrado numa paciente e as amostras mais antigas são de 2012, o assunto não é de urgência crítica", afirmou o organismo.

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