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Bactéria ameaça ramos de oliveira da Páscoa na Itália

Associação de agricultores pediu que a tradicional distribuição de ramos de oliveira na Semana Santa seja evitada para impedir propagação de bactéria mortal

Oliveiras: bactéria foi detectada há alguns meses (Filippo Monteforte/AFP)

Oliveiras: bactéria foi detectada há alguns meses (Filippo Monteforte/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2015 às 20h23.

A associação italiana de agricultores Coldiretti pediu nesta quinta-feira que a tradicional distribuição de ramos de oliveira durante a Semana Santa seja evitada, como forma de impedir a propagação de uma bactéria mortal que está matando as árvores no sul da Itália.

No Domingo de Ramos, que dá início no próximo 29 de março à Páscoa, é o dia em que tradicionalmente se distribuem ramos de oliveira em todas as igrejas italianas para que sejam abençoados.

"Esta seria a primeira vez que ramos de oliveira não seriam distribuídos para a Páscoa, mas é uma medida necessária para limitar a propagação da bactéria 'Xylella fastidiosa' a milhões de plantas", admitiu Roberto Moncalvo, presidente da Coldiretti, maior associação de produtores agrícolas na Itália.

A bactéria foi detectada há alguns meses na região de Puglia, sul da península, onde se tenta evitar a destruição de centenas de oliveiras, já que ainda não foi encontrada outra solução para o problema.

A Itália definiu uma área de emergência de 241 mil hectares na região da Apúlia (sul da Apúlia ), mas segundo a União Europeia as autoridades italianas não implementaram todas as recomendações devido à pressão dos produtores.

A análise da área afetada "sugere que pelo menos 10%" dos 11 milhões de oliveiras na província de Lecce são afetados, informou a UE, observando que as bactérias também ameaçam vinhas e árvores de frutos cítricos.

A bactéria não é apresenta risco para a saúde humana.

A incubação dos ovos do Aphrophoridae, inseto que transmite a doença, começa em poucos dias e circulação dos ramos de oliveira é considerada "muito perigosa" para as plantas, de acordo com a Colditetti.

As autoridades religiosas italianas, questionados pela AFP, não tomaram medidas específicas para o caso.

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