São Paulo - A Associação Nacional de Rifles (NRA), organização favorável à posse de armas de fogo nos Estados Unidos, culpou os jogos eletrônicos pelo massacre da escola Sandy Hook, que ocorreu na cidade de Newtown, em Connecticut, no último dia 14. Na ocasião, Adam Lanza, de 20 anos, matou 26 pessoas - entre elas 20 crianças - e se suicidou em seguida.

O vice-presidente da NRA, Wayne LaPierre, disse que crimes violentos estão aumentando graças a uma "indústria corrupta e corruptora que vende e semeia a violência contra sua própria sociedade", se referindo às empresas que produzem games.

LaPierre citou títulos como Bulletstorm, Grand Theft Auto, Mortal Kombat e Splatterhouse como games "violentos e maléficos", dizendo que tanto eles quanto alguns filmes e videoclipes "mostram a vida como uma piada e o assassinato como um modo de vida".

Ele continuou: "Eles têm coragem de chamar isso de entretenimento. Fantasiar sobre matar pessoas para se divertir não é a forma mais suja de pornografia? (...) Os conglomerados de mídia competem uns com os outros para ver quem choca, transgride e ofende mais todas as bases da sociedade civilizada."

O representante da NRA sugeriu que "policiais armados deveriam estar em todas as escolas para garantir a segurança" nos locais para onde as crianças voltarão em janeiro.

Réplica

Após ler as declarações de LaPierre, a vice-presidente da Associação dos Consumidores de Entretenimento, Jennifer Mercurio, emitiu o seguinte comunicado: "Nós concordamos com as decisões da Corte Suprema e com os as pesquisas científicas que apontam que não há nenhuma ligação direta entre a violência na mídia e a violência da vida real. Estamos todos aprendendo cada vez mais com as notícias cotidianas que essas situações estão ligadas à instabilidade mental dos criminosos e da falta de base de suas famílias para adequá-los à sociedade. Nossos corações estão com todos aqueles que sofrem com as consequências desse crime horrendo."