As mulheres que revolucionaram a tecnologia
Confira na galeria, algumas mulheres que contribuíram ativamente para a transformação e desenvolvimento da tecnologia
Gabriela Ruic
Publicado em 8 de março de 2012 às 15h09.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h25.
São Paulo – Enquanto no mundo dos negócios, a liderança das mulheres é cada vez mais marcante, a tecnologia , entretanto, continua sendo uma área na qual a presença feminina ainda tem muito para caminhar. Mesmo assim, a área se desenvolveu amplamente ao longo dos anos graças a contribuições chaves originadas diretamente das mentes de cientistas, matemáticas e engenheiras. Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, EXAME.com selecionou algumas mulheres responsáveis pela criação de importantes ferramentas que transformaram a computação no que conhecemos hoje. Clique nas imagens para vê-las:
Nascida em 1815, filha do famoso poeta britânico Lord Byron, Augusta Ada King, ou Ada Lovelace, é considerada a primeira programadora da história. Na vida adulta, colaborou com seu marido, Charles Babbage, no desenvolvimento da primeira máquina analítica de cálculo. Foi a responsável pelo algoritmo que poderia ser usado pela máquina para calcular funções matemáticas. Ada morreu em 1852, aos 36 anos de idade, vítima de um câncer no colo do útero. Em 1953, a pesquisa produzida pelo casal foi novamente publicada. As ideias nela contidas trouxeram reconhecimento à máquina de Babbage como antecessora dos computadores e aos estudos de Ada como a primeira descrição já feita do que são hoje computadores e softwares.
O primeiro computador digital eletrônico da história foi operado por um grupo de 80 mulheres, todas acadêmicas da Universidade da Pensilvânia (EUA). Desenvolvido na década de 40 por uma dupla de cientistas, a máquina foi amplamente usada pelas forças armadas americanas no cálculo de trajetórias de mísseis. Como se pode perceber na imagem ao lado, o ENIAC pesava mais de 30 toneladas e ocupava uma sala de mais de 100 m². A responsabilidade das moças era a de determinar, manualmente, as equações matemáticas usadas para o cálculo do movimento de projéteis. Quando o computador finalmente ficou pronto, seis mulheres - Betty Jennings, Betty Snyder (na foto), Fran Bilas, Kay McNulty, Marlyn Wescoff e Ruth Lichterman - foram escolhidas para serem as primeiras a testá-lo.
Grace Murray Hopper (1906-1992) era uma oficial da marinha americana e importante analista de sistemas que contribuiu ativamente para a computação como conhecemos hoje. Grace é a responsável pela criação da linguagem de programação Flow-Matic e que serviu de inspiração para o desenvolvimento de outra linguagem, o COBOL (Common Business Oriented Language). Além de contribuir para a criação de duas importantes linguagens, Grace também foi a primeira a usar a palavra em inglês “bug” (inseto) para definir falhas computacionais.
Jean nasceu em 1928 nos Estados Unidos e formou-se em matemática em 1948. Trabalhando como cientista da computação, Jean entrou na IBM em 1961. E foi na Big Blue que contribuiu imensamente para a área ao desenvolver a linguagem de programação FORMAC (Formula Manipulation Compiler). A linguagem é considerada uma extensão da família FORTRAN (Formula Translation System) e permite realizar cálculos matemáticos avançados e ajudou a firmar o inglês como língua padrão da programação. Jean é mais uma mulher que fez parte do desenvolvimento do COBOL.
Chamada de a “mãe da internet”, Radia é uma cientista da computação americana responsável pelo desenvolvimento do STP (Spanning Tree Protocol). O protocolo é parte importante do funcionamento das conexões que formam uma rede de equipamentos. Nascida em 1951, Radia atualmente trabalha na Intel e tem seu nome registrado em dezenas de patentes de outra grande empresa da computação, a Sun Microsystems, que hoje pertence a Oracle.
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