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Aprovado software que permite fusão de TV com sinal digital

Na comparação com as demais versões, o novo software terá uma estrutura de hardware que o colocará em condições de conexão com a internet


	A ideia é levar essa ferramenta a 14 milhões de famílias beneficiadas pelo Bolsa Família
 (Valter Campanato/Agência Brasil)

A ideia é levar essa ferramenta a 14 milhões de famílias beneficiadas pelo Bolsa Família (Valter Campanato/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2015 às 20h55.

Brasília - O Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (SBTVD) aprovou hoje (8), durante reunião do Conselho Deliberativo, a adoção de uma terceira versão do software Ginga, ferramenta que possibilitará a interatividade das TVs que recebem o sinal digital.

Na comparação com as demais versões (Ginga A e B), o Ginga C terá, além de maior capacidade de armazenamento de dados – em especial aplicativos e arquivos multimídia –, uma estrutura de hardware que o colocará em condições de conexão com a internet.

“Por meio de um complemento opcional, o Ginga C dará maior capacidade de armazenamento para o setup box. Dessa forma terá mais espaço para manter os aplicativos residentes e para baixar mais conteúdo. É o primeiro passo para uma real integração da radiodifusão com a internet”, disse à Agência Brasil o presidente do fórum, Roberto Franco.

O Fórum do SBTVD é composto por representantes do setor de radiodifusão, fabricantes de equipamentos e acadêmicos.

Segundo Franco, apesar de respaldado por técnicos durante reuniões anteriores, o novo equipamento preocupava a chamada “indústria da recepção” – empresas do setor eletroeletrônico a quem caberá a fabricação dos setup boxes.

Na votação feita na reunião de hoje, as especificações para o Ginga C foram aprovadas por 7 votos a 4.

“Essa preocupação [das empresas] é legítima e comum a qualquer sistema em fase de implementação, e foi fundamentada nos novos desafios e nos riscos de incompatibilidade com os perfis A e B do Ginga”, explicou Franco.

Um grupo de trabalho foi montado a fim de identificar e solucionar o quanto antes eventuais problemas apresentados pelo software. “Estou seguro de que o risco de haver problemas será baixíssimo”, completou.

A TV digital brasileira faz parte do Projeto Brasil 4D, que é coordenado pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Por meio dos televisores, será possível o acesso do cidadão a informações e serviços públicos.

A ideia é levar essa ferramenta a cerca de 14 milhões de famílias beneficiadas pelo programa Bolsa Família.

Parte dos custos terá como origem os cerca de R$ 3,6 bilhões em recursos obtidos como forma de compensação, pagos pelas empresas de telefonia móvel que venceram a licitação da faixa de 700 megahertz (Mhz).

De acordo com o coordenador do Brasil 4D, André Barbosa, as empresas vinham se queixando do custo a mais que o Ginga C acarretaria.

“No entanto o próprio mercado mostrou que o custo será praticamente o mesmo, com o equipamento custando em média apenas US$ 1 a mais [do que o setup box usado para os Ginga A e B]”, disse.

Entre os benefícios proporcionados pelo equipamento estão a possibilidade de consultas sobre vagas de emprego, capacitação profissional, e serviços públicos nas áreas de saúdem educação, segurança e transporte, além de serviços bancários.

O Brasil 4D já recebeu diversos prêmios. Entre eles, o Prêmio da Sociedade de Engenharia de Televisão (SET), na categoria Projeto de Interatividade para Televisão; o Prêmio Frida 2014; uma menção especial pela contribuição para a TV aberta no encontro La Cumbre TV Abierta 2013; e a menção honrosa do Prêmio Celso Furtado 2014.

Mais informações sobre o projeto Brasil 4D podem ser obtidas no site do Programa Brasil 4D.

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