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Apple trabalha em iPhone com controle por gesto e tela curva

A Apple está trabalhando em controle por gestos sem toque e telas curvas para futuros iPhones

iPhone: Apple está pensando em mudanças para brigar em mercado tumultuado (Sean Gallup/Getty Images)

Victor Caputo

Publicado em 4 de abril de 2018 às 16h02.

Última atualização em 4 de abril de 2018 às 16h03.

A Apple está trabalhando em controle por gestos sem toque e telas curvas para futuros iPhones, projetos que podem ajudar a empresa a diferenciar seu produto mais importante em um mercado cada vez mais disputado, segundo pessoas informadas sobre o assunto.

O recurso de controle permitiria que os usuários do iPhone executassem algumas tarefas movendo o dedo perto da tela, sem tocá-la. A tecnologia provavelmente demorará dois anos para ficar pronta para os consumidores se a Apple decidir levá-la adiante, disse uma pessoa a par do trabalho.

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A Apple há tempos adota novas formas de interação humana com computadores. O cofundador Steve Jobs popularizou o mouse no início dos anos 1980. Os iPhones mais recentes da Apple contam com um recurso chamado 3D Touch que responde de maneira diferente dependendo dos diferentes graus de pressão dos dedos. A nova tecnologia de gesto levaria em conta a proximidade do dedo em relação à tela, disse a pessoa.

A Apple também está desenvolvendo telas para iPhone que se curvam gradualmente para dentro de cima para baixo, disse uma das pessoas a par da situação. O conceito é diferente do das telas mais recentes dos smartphones Samsung, que se curvam nas bordas. Até agora, todos os modelos iPhone usaram tela plana. A tela OLED do iPhone X se curva ligeiramente na parte inferior, mas a forma é quase invisível ao olho humano.

As telas de OLED, ou diodo emissor de luz orgânico, podem ter formato curvo e até mesmo ser dobradas, diferentemente da tecnologia de tela LCD, menos flexível, usada nos iPhones anteriores. O desenvolvimento de um iPhone curvo pode demorar apenas dois a três anos, disse a pessoa. A Apple também está trabalhando em uma nova tecnologia de tela conhecida como MicroLED, mas que tardaria pelo menos três a cinco anos para ser lançada, noticiou a Bloomberg News no mês passado.

Ambos os recursos estão em fase inicial de pesquisa e desenvolvimento e a Apple pode optar por não avançar com as melhorias. Uma porta-voz da Apple preferiu não comentar.

O trabalho surge em um momento em que a pioneira dos smartphones, com sede em Cupertino, Califórnia, procura diferenciar seus aparelhos. Os smartphones estão se tornando cada vez mais parecidos porque Apple, Samsung, Google e Huawei vêm adotando recursos como telas cheias, câmeras avançadas e reconhecimento facial mais ou menos ao mesmo tempo.

No quarto trimestre, a Apple respondeu por cerca de 20 por cento das vendas de smartphones após o lançamento do iPhone X e do iPhone 8, superando as segundas colocadas, a Samsung e a Huawei, segundo a IDC. Para se manter à frente, a Apple precisa de recursos e designs novos e atraentes. A Samsung já está trabalhando em um smartphone dobrável e a Huawei está tendo um sucesso crescente na Ásia.

Para ter acesso a uma oferta maior de OLED para novos aparelhos, a Apple está expandindo o time de fornecedores, hoje composto só pela Samsung, para incluir também a LG Display, disseram as pessoas.

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