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Apple planeja transformar app em "Netflix de notícias"

Apple estaria trabalhando para transformar o Apple News em um serviço de assinatura para acesso a notícias

Apple: app de notícias deve se tornar serviço de assinatura à lá Netflix (Heinz-Peter Bader/Reuters)

Apple: app de notícias deve se tornar serviço de assinatura à lá Netflix (Heinz-Peter Bader/Reuters)

Victor Caputo

Victor Caputo

Publicado em 17 de abril de 2018 às 10h18.

Última atualização em 17 de abril de 2018 às 10h18.

A Apple planeja integrar o aplicativo de revista recentemente adquirido Texture ao Apple News e lançar sua própria oferta de assinatura premium, segundo pessoas a par do assunto. A medida é parte de uma iniciativa mais abrangente da fabricante do iPhone para gerar mais receita com conteúdos e serviços on-line.

A empresa com sede em Cupertino, na Califórnia, decidiu no mês passado comprar a Texture, que possibilita que usuários assinem mais de 200 revistas por US$ 9,99 por mês. A Apple demitiu cerca de 20 funcionários da Texture logo depois da aquisição, de acordo com uma das pessoas.

A maior empresa de tecnologia do mundo está integrando a tecnologia da Texture e os funcionários restantes à equipe do Apple News, que elabora o serviço premium. Um aplicativo Apple News atualizado com a oferta de assinatura deve ser lançado nos próximos 12 meses, e uma fatia da receita das assinaturas será destinada a editoras de revistas que fazem parte do programa, disseram as pessoas. Elas pediram anonimato porque esses planos são privados. A Apple não quis comentar.

A Apple antigamente tinha um aplicativo chamado Newsstand, que combinava várias revistas e jornais, mas as publicações eram fornecidas apenas por assinaturas individuais. Quando foi lançado, em 2015, o Apple News adotou uma abordagem semelhante.

Um serviço de assinatura novo e simplificado, que abrange várias publicações, poderia estimular o uso do Apple News e gerar novas receitas de maneira semelhante à oferta do Apple Music, que custa US$ 9,99 por mês. Este serviço de streaming também foi construído por meio de uma aquisição: a Apple comprou a Beats Music e a unidade de dispositivos de áudio Beats em 2014 por US$ 3 bilhões. Na época, a Beats Music tinha menos de um milhão de assinantes, e a Apple transformou isso em mais de 40 milhões de usuários pagantes.

A Apple precisa de sucessos como esse para atingir uma meta ambiciosa de sua divisão de serviços. As vendas desse segmento cresceram 23 por cento no ano fiscal de 2017 da empresa, para US$ 30 bilhões. Executivos disseram que buscam uma receita de serviços em torno de US$ 50 bilhões até 2021. Durante uma teleconferência recente sobre resultados, a Apple informou aos analistas que tinha um total de 240 milhões de assinaturas pagas, com crescimento de 58 por cento em relação ao ano anterior.

Atualmente, a Apple vende assinaturas para o armazenamento do iCloud e o Apple Music. Também recebe uma parte das assinaturas vendidas por aplicativos de terceiros na App Store. A empresa também pode tentar transformar seus esforços originais de conteúdo de vídeo em um serviço próprio de assinatura de vídeo, semelhante ao da Netflix. A Apple também obtém receita de serviços com transações do Apple Pay, downloads da App Store, compras de músicas, filmes e de programas de TV do iTunes, e downloads de livros digitais.

As demissões na Texture não são necessariamente um sinal de que a iniciativa da assinatura de notícias começará devagar. A Apple raramente elimina empregos, mas a companhia demitiu cerca de 200 pessoas depois de adquirir a Beats. Desta vez, a Apple dispensou cerca de 20 funcionários da Texture, incluindo assistentes, engenheiros de software e gerentes, de acordo com uma das pessoas a par do assunto. A Texture tinha cerca de 100 funcionários.

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