Tecnologia

Apple manterá produção de iPhone estável em mercado mais difícil

A empresa pediu aos fornecedores que montem cerca de 220 milhões de iPhones, aproximadamente o mesmo que no ano passado

iPhone 13: smartphone é exibido em loja da Apple (Chris Ratcliffe/Bloomberg/Getty Images)

iPhone 13: smartphone é exibido em loja da Apple (Chris Ratcliffe/Bloomberg/Getty Images)

A Apple planeja manter a produção do iPhone praticamente estável em 2022, uma postura conservadora em um ano cada vez mais desafiador para a indústria de smartphones.

A empresa pede aos fornecedores que montem cerca de 220 milhões de iPhones, aproximadamente o mesmo que no ano passado, de acordo com pessoas familiarizadas com as projeções, que pediram para não serem identificadas.

VEJA TAMBÉM:

Crise à vista? Samsung reduz produção de smartphones para 2022
Fornecedora da Apple na China enfrenta protestos durante lockdown

As previsões de mercado giram em torno de 240 milhões de unidades, impulsionadas por uma grande atualização esperada para o iPhone no outono do Hemisfério Norte. Mas a indústria de celulares teve um início de ano difícil e as estimativas de produção estão em baixa.

A pior inflação em décadas, a guerra na Ucrânia e a turbulência na cadeia de suprimentos ameaçam pesar nas vendas em 2022. A Strategy Analytics prevê que as remessas gerais de smartphones devem encolher até 2% em 2022, e a TrendForce rebaixou duas vezes sua previsão de produção para o ano inteiro nas últimas semanas. Analistas da IDC e da Bloomberg Intelligence preveem cerca de 240 milhões de iPhones para este ano.

A empresa com sede em Cupertino, Califórnia, não quis comentar as perspectivas, que podem mudar dependendo da economia e das restrições de oferta nos próximos meses. A Apple não divulga suas metas de produção e parou de divulgar quantos iPhones vendeu em 2019.

A Apple já avisou que problemas de fornecimento afetarão as vendas em US$ 4 bilhões a US$ 8 bilhões no trimestre atual, em grande parte porque os bloqueios de covid atrapalham as linhas de produção na China. E toda a indústria de tecnologia se prepara para uma desaceleração nos gastos do consumidor, à medida que os preços crescentes de combustíveis e matérias-primas aumentam os custos de itens essenciais do dia a dia.

O mercado de smartphones em geral teve um começo de ano difícil, com embarques caindo 11% no primeiro trimestre, a pior queda desde o início da pandemia, há dois anos. A Xiaomi — a terceira maior fabricante de smartphones do mundo, atrás da Apple e Samsung — este mês divulgou seu primeiro declínio de receita trimestral.

A Apple aposta na demanda resiliente por seus dispositivos devido à sua base de clientes comparativamente mais rica e à força de seu ecossistema de software e serviços que impulsiona as vendas de hardware, segundo as pessoas.

Acompanhe tudo sobre:AppleiPhoneSmartphones

Mais de Tecnologia

Apple promete investimento de US$ 1 bilhão para colocar fim à crise com Indonésia

Amazon é multada em quase R$ 1 mi por condições inseguras de trabalho nos EUA

O pedido da Arm que Cristiano Amon, da Qualcomm, chamou de "ultrajante"

Economia de baixa altitude impulsiona carros voadores e GAC lança GOVY AirJet