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Apple lança serviço de eletrocardiograma no Brasil

Sistema estará disponível em relógios e iPhones da marca e recebeu aval da Anvisa em maio

Apple: empresa vai lançar o serviço de eletrocardiograma no Brasil (David Paul Morris/Getty Images)
AO

Agência O Globo

Publicado em 9 de julho de 2020 às 16h10.

Última atualização em 9 de julho de 2020 às 21h49.

A Apple vai lançar o serviço de eletrocardiograma no Brasil. A dona do iPhone obteve a aprovação da Anvisa no fim de maio. O recurso, lançado há dois anos nos Estados Unidos, registra a frequência e a intensidade dos impulsos elétricos que fazem o coração bater através de medidores presente em seus relógios.

A informação é enviada a um aplicativo no celular que faz um eletrocardiograma e ainda detecta se o ritmo cardíaco estiver irregular.

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O lançamento ocorre em um momento em que o segmento de relógios conectados vem registrando alta nas vendas, aponta a consultoria IDC Brasil. Os negócios tiveram alta de 218% no primeiro trimestre deste ano, chegando a quase 150 mil unidades comercializadas.

O serviço já foi lançado em diversos países da Ásia e Europa. O serviço estará disponível quando seu novo sistema operacional for lançado globalmente, o que deve ocorrer nos próximos meses. Ao todo, já são 34 países com a solução.

Pelo sistema, o relógio consegue detectar o batimento irregular, indicando que a disritmia pode ser uma fibrilação atrial. Antes de usar, o usuário precisa informar se há algum problema cardíaco e dar informações como a data de nascimento. Segundo a companhia, o serviço não consegue detectar problemas como infarto.

O aplicativo no relógio também informa se o ritmo cardíaco está muito baixo (menor de 50 batidas por minuto) ou alto (acima de 120 batimentos por minuto). Segundo dados da Apple, 2% dos jovens sofrem com batimento irregular no coração, número que sobe para 9% em pessoas acima de 65 anos.

O novo recurso vai se juntar ao já lançado "detector de quedas". Ambas as soluções estão disponíveis nos relógios das séries 4 e 5, lançados a partir de 2018. Nos Estados Unidos, a companhia vem selando parcerias com hospitais, universidades e seguradoras no desenvolvimento de pesquisas com foco em saúde.

A demanda por produtos como os relógios já vinha em alta, o que motivou o varejo a se abastecer no começo do ano. Assim, quando a pandemia chegou, havia estoque, oferta e procura e as vendas não foram impactadas — explica Renato Meireles, analista de pesquisa e consultoria da IDC Brasil.

O foco em saúde é uma das principais apostas dos fabricantes de relógios. A filandesa Polar está trazendo ao Brasil sua nova linha de modelos que monitoram a qualidade do sono e, através do histórico do usuário, consegue orientar a melhor opção para os usuários fazerem exercícios. Funciona, diz André Bandeira, diretor da companhia no Brasil, como uma espécie de mentoria.

O público-alvo é para a pessoa que se preocupa com atividades físicas e com a saúde.

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