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Apple encara Google com sistema de mapas e melhoras no Siri

A companhia mudou diversos aspectos de seu sistema operacional móvel para convencer mais usuários a se manterem dentro de seu ecossistema

Tim Cook, CEO da Apple, comandou o lançamento dos novos serviços: um serviço de mapas próprio, melhoras no software Siri e uma barra de buscas no navegador Safari (Justin Sullivan/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2012 às 11h29.

São Francisco - A Apple revelou seu novo sistema de mapas para aparelhos móveis e melhorou as capacidades de busca de seu assistente de voz Siri, levando concorrência a territórios dominados pelo Google.

O presidente-executivo da companhia, Tim Cook, que substituiu Steve Jobs em agosto de 2011, comandou o lançamento dos novos serviços -entre os quais um serviço de mapas próprio, melhoras no software Siri e uma barra de buscas no navegador Safari- como parte de um esforço para conter o Google e sua plataforma Android, que registra rápido crescimento.

A Apple modificou diversos aspectos de seu sistema operacional móvel para convencer mais usuários a se manterem dentro de seu ecossistema. As mudanças marcam um reforço do arsenal da Apple, que busca manter controle pleno sobre seu ambiente de aplicativos e hardware, mantendo vantagem diante de fabricantes de aparelhos equipados com o Android, como a Samsung Electronics.

Mas o ponto alto do evento foi o lançamento do serviço de mapas da Apple, depois de anos de desenvolvimento, como desafio direto ao Google Maps, uma das funções mais populares tanto nos celulares inteligentes equipados com o Android quanto no iPhone.

O novo sistema operacional móvel da Apple, o iOS6, estará disponível a partir do final do ano e virá com o sistema de mapeamento "construído da base ao topo", disse Scott Forstall, que comanda a área de software da Apple.

O novo sistema substituirá o Google Maps, que até o momento vinha carregado automaticamente no iPad e iPhone, pelo aplicativo Apple de mapeamento, o que representará grande revés para o Google, que obtém metade do tráfego móvel ao seu serviço de mapas de aparelhos da Apple.

A decisão sinaliza a transformação da amizade entre as duas gigantes da eletrônica -Eric Schmidt, antigo presidente-executivo do Google, um dia fez parte do conselho da Apple- em amarga rivalidade que está determinando a evolução do setor de comunicação móvel. Jobs, co-fundador da Apple morto em 2011, declarou, controversamente, que estava disposto a um "ataque termonuclear" contra o serviço de buscas líder da Web, depois que o Google decidiu posicionar o Android como rival do iPhone.

Agora a Apple fará tudo que pode para se tornar menos dependente do Google, disse Colin Gillis, analista da BGC Partners.

"O que acontece é que um dia o Google pode decidir não fornecer mapas à Apple", disse Gillis. Uma empresa não pode depender assim de um concorrente."

O serviço de mapas da Apple vem com um serviço de imagens tridimensionais de cidades chamado "Flyover", acompanhado com atualizações em tempo real a situação do trânsito e com recursos de orientação detalhados, que o Google oferece para aparelhos Android, mas não para aparelhos Apple.


E o Siri, o inovador serviço de buscas por voz instalado no iPhone que os usuários criticam por seus defeitos e insuficiências, agora também estará disponível no iPad e oferecerá respostas com base em um banco de dados amplo de informações especializadas, especialmente sobre esportes, cinema e restaurantes.

O Siri também estará integrado ao novo serviço de mapas, permitindo que os usuários obtenham orientação passo a passo.

Embora a Apple esteja chegando atrasada ao mercado de instruções de navegação passo a passo, Charles Golvin, analista da Forrester, afirmou que o novo serviço da Apple oferecia diversos detalhes interessantes, demonstrando a capacidade da Apple para usar a experiência dos rivais e "ir ainda além".

Ele também mencionou um novo aplicativo para o iPhone e iPad chamado Passbook, que organiza as passagens aéreas, ingressos de cinema e programas de fidelidade de um consumidor em seus aparelhos eletrônicos. O aplicativo "é um prenúncio de que eles farão muito, muito mais", disse Golvin, mencionando o mercado móvel de pagamentos e comércio eletrônico.

Por fim, os executivos anunciaram que a Apple havia integrado o serviço líder de redes sociais, Facebook, de maneira mais profunda ao sistema operacional, permitindo que usuários do Siri publiquem fotos usando comandos de voz.

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A Apple modificou diversos aspectos de seu sistema operacional móvel para convencer mais usuários a se manterem dentro de seu ecossistema. As mudanças marcam um reforço do arsenal da Apple, que busca manter controle pleno sobre seu ambiente de aplicativos e hardware, mantendo vantagem diante de fabricantes de aparelhos equipados com o Android, como a Samsung Electronics.

Mas o ponto alto do evento foi o lançamento do serviço de mapas da Apple, depois de anos de desenvolvimento, como desafio direto ao Google Maps, uma das funções mais populares tanto nos celulares inteligentes equipados com o Android quanto no iPhone.

O novo sistema operacional móvel da Apple, o iOS6, estará disponível a partir do final do ano e virá com o sistema de mapeamento "construído da base ao topo", disse Scott Forstall, que comanda a área de software da Apple.

O novo sistema substituirá o Google Maps, que até o momento vinha carregado automaticamente no iPad e iPhone, pelo aplicativo Apple de mapeamento, o que representará grande revés para o Google, que obtém metade do tráfego móvel ao seu serviço de mapas de aparelhos da Apple.

A decisão sinaliza a transformação da amizade entre as duas gigantes da eletrônica -Eric Schmidt, antigo presidente-executivo do Google, um dia fez parte do conselho da Apple- em amarga rivalidade que está determinando a evolução do setor de comunicação móvel. Jobs, co-fundador da Apple morto em 2011, declarou, controversamente, que estava disposto a um "ataque termonuclear" contra o serviço de buscas líder da Web, depois que o Google decidiu posicionar o Android como rival do iPhone.

Agora a Apple fará tudo que pode para se tornar menos dependente do Google, disse Colin Gillis, analista da BGC Partners.

"O que acontece é que um dia o Google pode decidir não fornecer mapas à Apple", disse Gillis. Uma empresa não pode depender assim de um concorrente."

O serviço de mapas da Apple vem com um serviço de imagens tridimensionais de cidades chamado "Flyover", acompanhado com atualizações em tempo real a situação do trânsito e com recursos de orientação detalhados, que o Google oferece para aparelhos Android, mas não para aparelhos Apple.


E o Siri, o inovador serviço de buscas por voz instalado no iPhone que os usuários criticam por seus defeitos e insuficiências, agora também estará disponível no iPad e oferecerá respostas com base em um banco de dados amplo de informações especializadas, especialmente sobre esportes, cinema e restaurantes.

O Siri também estará integrado ao novo serviço de mapas, permitindo que os usuários obtenham orientação passo a passo.

Embora a Apple esteja chegando atrasada ao mercado de instruções de navegação passo a passo, Charles Golvin, analista da Forrester, afirmou que o novo serviço da Apple oferecia diversos detalhes interessantes, demonstrando a capacidade da Apple para usar a experiência dos rivais e "ir ainda além".

Ele também mencionou um novo aplicativo para o iPhone e iPad chamado Passbook, que organiza as passagens aéreas, ingressos de cinema e programas de fidelidade de um consumidor em seus aparelhos eletrônicos. O aplicativo "é um prenúncio de que eles farão muito, muito mais", disse Golvin, mencionando o mercado móvel de pagamentos e comércio eletrônico.

Por fim, os executivos anunciaram que a Apple havia integrado o serviço líder de redes sociais, Facebook, de maneira mais profunda ao sistema operacional, permitindo que usuários do Siri publiquem fotos usando comandos de voz.

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