Apple caminha para transformar iPhone em meio de pagamento
Apple adquiriu empresa canadense que facilita pagamentos por smartphones. Estamos de olho em uma nova guerra?
Tamires Vitorio
Publicado em 3 de agosto de 2020 às 08h18.
Última atualização em 3 de agosto de 2020 às 11h54.
A Apple não quer mais que o iPhone seja só um smartphone. Para isso, a empresa adquiriu uma startup capaz de transformar os celulares da maçã em terminais de pagamento móveis, segundo a Bloomberg .
A startup adquirida foi a canadense Mobeewave, que produz uma tecnologia que permite que os usuários usem seus cartões de crédito sem contato algum com outro aparelho, responsável pelo processamento do pagamento.
Tudo isso pode ser feito apenas com o chip NFC, responsável pela comunicação sem fio, diferente do WiFi e do Bluetooth por precisar que os dois dispositivos estejam a uma distância máxima de 10 centímetros. O NFC já está disponível nos celulares da Apple desde o iPhone 6, lançado em 2014.
A parceria seria um avanço ao Apple Pay, que já permite o pagamento em lojas de varejo, e passaria também a permitir que tudo fosse pago sem uma maquininha, por exemplo.
Segundo a Bloomberg, a Apple pagou cerca de 100 milhões de dólares para a aquisição da Mobeewave, mantendo os funcionários da companhia.
Esse não é o primeiro acordo feito pela empresa liderada por Tim Cook neste ano. Recentemente, também de acordo com a Bloomberg, a Apple adquiriu o aplicativo de previsão de tempo Dark Sky e uma companhia de broadcast de realidade virtual, a NextVR. Sem contar as compras de empresas voltadas para melhorar a inteligência artificial utilizada na Siri, assistente virtual da Apple.
No ano passado, a sul-coreana Samsung também fez um acordo com a startup canadense para permitir o uso da tecnologia em seus smartphones. A Samsung é líder global na venda de smartphones, segundo a consultoria de dados alemã Statista, mantendo uma taxa de 20% a 30% do mercado mundial.
No primeiro trimestre de 2020, a Samsung representava 21,1% do mercado global de smartphones, na frente da Huawei, com 17,8% e da Apple, com 13,3%.
Se há alguns anos vimos a guerra das maquininhas, será que 2020 trará a guerra dos pagamentos por smartphones? Basta esperar para ver.