Xiaomi: empresa chinesa deve apresentar bons resultados no 3º trimestre de 2020 (SOPA Images / Colaborador/Getty Images)
Rodrigo Loureiro
Publicado em 24 de novembro de 2020 às 06h00.
Com alta expectativa do mercado, a fabricante de eletrônicos chinesa Xiaomi revela na manhã desta terça-feira (24) os resultados financeiros do terceiro trimestre do ano. No dia anterior da divulgação dos números, as ações da companhia já haviam subido mais de 8% no pregão, um sinal de que o mercado está animado com os números que a a fabricante de produtos eletrônicos vai apresentar.
A consultoria financeira UBS estima que a Xiaomi deve reportar entre 38 milhões e 43 milhões de celulares vendidos no período. É um número menor do que o previsto por outras empresas de pesquisa. A receita deve ficar próxima dos 72 bilhões de yuan (11 bilhões de dólares) e o lucro estimado é de 3,3 bilhões de yuan (500 milhões de dólares).
No terceiro trimestre do ano passado, a companhia obteve receita de 53,7 bilhões de yuan (7,6 bilhões de dólares na cotação da época), 3,3% a mais do que em 2018. A maior parte (4,6 bilhões de dólares) veio da divisão de celulares, que já havia crescido 7,8% no ano. Em relação ao lucro, o resultado ficou em 3,5 bilhões de yuan ou 500 milhões de dólares. Neste quesito, crescimento 25,2% em relação ao ano retrasado.
Avaliada em 108,7 bilhões de dólares de acordo com o preço de suas ações na bolsa de valores de Hong Kong, a Xiaomi acumula uma ascensão meteórica no valor de seus papeis neste ano. Desde o primeiro pregão de 2020, as ações da fabricante chinesa se valorizaram 150%. No segundo trimestre deste ano, a empresa já havia apresentado bons resultados.
A animação dos investidores está relacionada a uma disparada da Xiaomi no mercado de celulares. Consultorias internacionais como IDC e Counterpoint Research apontam que a empresa já superou a Apple como a terceira maior fabricante de smartphones do mercado. A concorrente americana pode recuperar o posto no quarto trimestre, com as vendas do iPhone 12.
Segundo a consultoria Counterpoint, a Xiaomi cresceu 75% nos últimos 12 meses e foi responsável por uma fatia de 13% de todos os smartphones comercializados no trimestre, com 46,2 milhões de aparelhos vendidos. Só fica atrás de Huawei (14% e 50,9 milhões) e Samsung (22% e 79,8 milhões). A Apple, que aparece em quarto lugar, vendeu 41,7 milhões de iPhones (11%).
Antes chamada de “Apple chinesa”, a Xiaomi agora trava uma batalha particular com a rival americana. E não apenas no número de aparelhos vendidos. Recentemente, um celular da Xiaomi foi apontado pela mídia especializada como tendo uma melhor câmera fotográfica do que o iPhone 12 Pro Max, o aparelho mais parrudo da empresa de Cupertino.