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Após proibição, app Secret restringe uso de nomes reais

Desde o lançamento do aplicativo o Secret informa que monitorava o uso de nomes reais, mas diz que agora o sistema se tornou mais inteligente

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2014 às 22h01.

Após ser proibido judicialmente no Brasil, o aplicativo Secret perdeu dois recursos na última atualização: o compartilhamento de fotos guardadas em smartphones e a possibilidade de uso de nomes de pessoas no momento de compartilhar um segredo.

O update já está disponível para dispositivos com sistema Android.

Desde o lançamento do aplicativo o Secret informa que monitorava o uso de nomes reais, mas diz que agora o sistema se tornou mais inteligente, sendo capaz de identificar “palavras-chave, sentimentos e fotos de pessoas”.

As fotos não podem mais ser compartilhadas a partir da galeria de um dispositivo móvel, mas sim de um álbum no Flickr.

Outra opção é publicar uma fotografia tirada a partir do aplicativo.

Com essas mudanças restritivas, o Secret pede aos usuários que pensem duas vezes antes de divulgar algo.

“Tomamos conhecimento de que a vasta maioria dos grandes segredos não mencionam nomes, e os poucos que o fazem normalmente não são produtivos e podem até mesmo ser ofensivos”, de acordo com um comunicado da empresa.

“Mudamos nosso posicionamento quanto ao uso de nomes reais e, além de desencorajar essa prática, estamos ativamente bloqueando posts que contenham nomes de indivíduos privados tanto quanto possível. Investimos pesado nisso para garantir que o sistema melhore com o tempo.”

Outra novidade que ajuda a promover a interação entre os usuários do Secret é um simples recurso de pesquisa, que oferece duas opções de resposta para uma publicação: Sim ou Não.

O Secret foi proibido no Brasil e removido da loja virtual da Apple, a App Store, na semana passada, por uma determinação judicial do Tribunal de Justiça do Espírito Santo.

Em caráter liminar, o Google e a Apple teriam dez dias para deixar de oferecer o aplicativo em suas lojas virtuais.

Até mesmo a Microsoft recebeu a intimação de remover o app Cryptic, que tem funcionamento semelhante ao do Secret.

"Devido à impossibilidade de retirada do aplicativo somente no Espírito Santo, a liminar deve valer para todo o Brasil", segundo a assessoria do TJ-ES.

David Byttow, CEO do Secret, disse à INFO, na semana passada, que sua equipe ainda está "tentando entender" a questão legal que o app enfrenta no país.

Apesar de prezar pelo anonimato dos usuários do aplicativo, a política de privacidade do Secret, descrita em seu site oficial, informa: "Se nós recebermos uma intimação ou ordem judicial solicitando que nós divulguemos os seus dados, nós iremos entrar em contato com você antes de divulgar qualquer informação para lhe dar tempo de contestar a intimação na justiça."

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