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Ameaçado pela Alexa, Google lança alto-falante Nest Mini no Brasil

Produto chega um mês depois do concorrente Amazon Echo. Até então, Brasil havia ficado de fora de lançamentos de hardware do Google, como o celular Pixel

Apresentação do Nest Mini em Nova York: aparelho é portátil e realiza funções como acender a luz ou tocar uma música (Jefferson Siegel/Reuters)

Apresentação do Nest Mini em Nova York: aparelho é portátil e realiza funções como acender a luz ou tocar uma música (Jefferson Siegel/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2019 às 06h38.

Última atualização em 12 de novembro de 2019 às 07h30.

São Paulo — Faz pouco mais de um mês que a Alexa, assistente virtual da varejista Amazon, chegou de vez ao Brasil e começou a falar português. O Google lança nesta terça-feira 12 sua resposta: o Nest Mini 2, caixa de som inteligente da empresa que, até agora, só existia no exterior.

Lançado em outubro lá fora, o Nest Mini vai custar 349 reais no Brasil, o mesmo preço do Amazon Echo Dot, hospedeiro da Alexa lançado nacionalmente em 3 de outubro. O aparelho do Google vai usar os comandos de voz do Google Assistente, já conhecido de quem tem celulares com sistema operacional Android. Nest e Echo são pequenos alto-falantes portáteis que podem realizar milhares de funções apenas por comando de voz: fazer compras, buscar respostas na internet, tocar música e até controlar as luzes da casa, a TV ou o ar condicionado, caso os aparelhos sejam integrados.

Assim como o lançamento do Echo brasileiro — ao lado do Prime, seu serviço de assinatura — deu a sensação de que a Amazon abriu a porteira no Brasil, a estreia do Nest também pode marcar uma virada na estratégia do Google por aqui. A empresa não vinha incluindo o país em seus lançamentos de hardware, isto é, os aparelhos físicos. A exceção recente foi o Chromecast, vendido a pouco mais de 180 reais e que faz televisões comuns terem acesso à internet.

Algumas gerações do celular Nexus, extinto em 2016, também chegaram. Mas o Brasil ficou de fora de lançamentos como o celular Pixel, lançado em 2016 e que já está na quarta geração sem nunca ter sido vendido oficialmente no país, ou o computador Chromebook (só são vendidos no Brasil versões de outras fabricantes que usam o sistema operacional do Google, como a Samsung).

Com software é diferente, e o Brasil é um dos cinco maiores mercados do Google no mundo, destaque em plataformas como o buscador, o navegador Chrome ou o serviço de vídeo YouTube. O Android, sistema para celulares, é líder absoluto no país, estando em mais de 95% dos smartphones.

Justamente a popularidade do Android faz o Brasil ser o terceiro maior mercado de voz do Google no mundo, segundo a empresa. De olho no mercado de voz no Brasil, o Google também fez com que as startups selecionadas para mentoria no campus de São Paulo neste ano precisassem integrar as ferramentas de voz em seus produtos. Na teoria, o Nest larga em vantagem, já que o Google Assistente fala português desde 2017 — para a Alexa, a Amazon precisou contratar nos últimos meses linguistas para “ensinar” o idioma a sua assistente.

No exterior, foram mais de 52 milhões de unidades e 3,9 bilhões de dólares em alto-falantes inteligentes do Google vendidos no ano passado, a maioria nos Estados Unidos, segundo a consultoria RBC. No Brasil, com Google Nest ou Amazon Echo, a ver se o hábito de falar com a casa vai pegar.

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