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Amazon dá tecnologia para conversão de livros didáticos

A varejista online foi escolhida pelo MEC para conversão digital e distribuição gratuita de mais de 200 livros didáticos em tablets

Kindle, da Amazon: a companhia apostou na investida para popularizar o uso de seu aplicativo (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de março de 2014 às 07h48.

São Paulo - A varejista online Amazon anunciou nesta terça-feira que uma tecnologia da companhia foi escolhida pelo Ministério da Educação ( MEC ) para conversão digital e distribuição de mais de 200 livros didáticos em tablets, serviço pelo qual não será paga, conforme proposta do governo que foi aberta a companhias interessadas.

Embora a tecnologia Whispercast utilize o formato Kindle, compatível com o leitor digital de mesmo nome da Amazon, ela também roda em PCs e em tablets com sistema operacional Android, da Samsung, e IOS, da Apple. Nos Estados Unidos, ela já é usada em diversas escolas como ponto de acesso para compra e distribuição de livros e documentos para programas educacionais.

Sem precisar o tamanho do investimento da Amazon, o diretor geral da operação brasileira, Alex Szapiro, afirmou que a companhia apostou na investida para popularizar o uso de seu aplicativo, e, principalmente, fomentar o hábito de leitura em dispositivos digitais.

Com o aplicativo gratuito, os professores podem, por exemplo, realizar anotações e usar o dicionário diretamente nos livros didáticos.

"Pessoas com maior grau de leitura vão acabar consumindo mais livros. É um projeto de longuíssimo prazo", afirmou Szapiro à Reuters. Segundo dados da Câmara Brasileira do Livro, os livros didáticos respondem por 35 por cento do faturamento do setor como um todo, considerando tanto títulos físicos quanto digitais.

No âmbito do termo de cooperação com o governo, que tem vigência até fevereiro de 2015, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) já está utilizando a tecnologia da Amazon para gerenciar e distribuir seu catálogo de livros didáticos digitais para professores do ensino médio de escolas públicas. Até o momento, mais de 40 milhões de títulos foram entregues.


Em 2012, o MEC anunciou a compra de cerca de 382 mil tablets voltados para esse público mediante um desembolso de 117 milhões de reais. Na época, as empresas nacionais Positivo e Digibrás venceram pregão eletrônico para fornecer os equipamentos, num processo do qual a Amazon não participou.

Atualmente, o tablet da companhia norte-americana, o Kindle Fire, não é vendido no Brasil - apenas os e-readers da marca são comercializados no país. No Congresso, tramita um projeto de lei para isentar equipamentos do tipo de impostos, para que passem a receber o mesmo tratamento dos livros de papel.

Segundo Szapiro, os e-readers poderiam ser de 40 a 50 por cento mais baratos sem a incidência de IPI, imposto de importação, ICMS e PIS/Cofins, desconto que a Amazon pretende repassar aos consumidores caso a companhia deixe de arcar com os encargos tributários. O Kindle é vendido no Brasil por 299 reais, com o modelo mais caro Paperwhite chegando a 699 reais.

Após pouco mais de um ano vendendo apenas livros digitais no país, a Amazon passou a ofertar o dispositivo eletrônico em seu site brasileiro no início de fevereiro.

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São Paulo - A varejista online Amazon anunciou nesta terça-feira que uma tecnologia da companhia foi escolhida pelo Ministério da Educação ( MEC ) para conversão digital e distribuição de mais de 200 livros didáticos em tablets, serviço pelo qual não será paga, conforme proposta do governo que foi aberta a companhias interessadas.

Embora a tecnologia Whispercast utilize o formato Kindle, compatível com o leitor digital de mesmo nome da Amazon, ela também roda em PCs e em tablets com sistema operacional Android, da Samsung, e IOS, da Apple. Nos Estados Unidos, ela já é usada em diversas escolas como ponto de acesso para compra e distribuição de livros e documentos para programas educacionais.

Sem precisar o tamanho do investimento da Amazon, o diretor geral da operação brasileira, Alex Szapiro, afirmou que a companhia apostou na investida para popularizar o uso de seu aplicativo, e, principalmente, fomentar o hábito de leitura em dispositivos digitais.

Com o aplicativo gratuito, os professores podem, por exemplo, realizar anotações e usar o dicionário diretamente nos livros didáticos.

"Pessoas com maior grau de leitura vão acabar consumindo mais livros. É um projeto de longuíssimo prazo", afirmou Szapiro à Reuters. Segundo dados da Câmara Brasileira do Livro, os livros didáticos respondem por 35 por cento do faturamento do setor como um todo, considerando tanto títulos físicos quanto digitais.

No âmbito do termo de cooperação com o governo, que tem vigência até fevereiro de 2015, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) já está utilizando a tecnologia da Amazon para gerenciar e distribuir seu catálogo de livros didáticos digitais para professores do ensino médio de escolas públicas. Até o momento, mais de 40 milhões de títulos foram entregues.


Em 2012, o MEC anunciou a compra de cerca de 382 mil tablets voltados para esse público mediante um desembolso de 117 milhões de reais. Na época, as empresas nacionais Positivo e Digibrás venceram pregão eletrônico para fornecer os equipamentos, num processo do qual a Amazon não participou.

Atualmente, o tablet da companhia norte-americana, o Kindle Fire, não é vendido no Brasil - apenas os e-readers da marca são comercializados no país. No Congresso, tramita um projeto de lei para isentar equipamentos do tipo de impostos, para que passem a receber o mesmo tratamento dos livros de papel.

Segundo Szapiro, os e-readers poderiam ser de 40 a 50 por cento mais baratos sem a incidência de IPI, imposto de importação, ICMS e PIS/Cofins, desconto que a Amazon pretende repassar aos consumidores caso a companhia deixe de arcar com os encargos tributários. O Kindle é vendido no Brasil por 299 reais, com o modelo mais caro Paperwhite chegando a 699 reais.

Após pouco mais de um ano vendendo apenas livros digitais no país, a Amazon passou a ofertar o dispositivo eletrônico em seu site brasileiro no início de fevereiro.

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