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Accor foge do ERP e gasta 10% menos com suprimentos

São Paulo, 6 de outubro -  Há integração possível fora do mundo dos ERPs. O grupo Accor começa a colher os primeiros frutos de um investimento de 5 milhões de reais feito na área de suprimentos de todas as suas unidades brasileiras um projeto que foi testado durante todo o ano de 2002 e que […]

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Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2011 às 18h30.

São Paulo, 6 de outubro -  Há integração possível fora do mundo dos ERPs. O grupo Accor começa a colher os primeiros frutos de um investimento de 5 milhões de reais feito na área de suprimentos de todas as suas unidades brasileiras um projeto que foi testado durante todo o ano de 2002 e que passou longe dos mega projetos caros e demorados de implementação dos famosos sistemas de gestão.

Em processo de consolidação desde janeiro de 2003, a nova maneira de comprar os mais de 50 mil itens dos cerca de 10 mil fornecedores já permitiu uma economia de 10%, sobre um volume de compras em torno de 800 milhões de reais por ano. O ganho de tempo é de cerca de 40%. E com custo muito inferior ao de uma implementação de ERP desta dimensão , diz José Carlos Roman, diretor de suprimentos da Accor.

A economia é resultado de uma série de mudanças na área de suprimentos que começaram com a padronização de conceitos e processos (ou seja: a unidade de Manaus tem que saber a mesma coisa que a de São Paulo numa tomada de preços, por exemplo). E a padronização parou por aí. Os seis ERPs que funcionam em cada uma das unidades de negócio (que envolvem hotelaria, agências de turismo, restaurantes e serviços corporativos) continuam lá. Como as diferenças culturais dentro do grupo eram agudas, a saída foi colocar a inteligência na ferramenta, e não deixá-la a cargo das pessoas , afirma Roman.

A alternativa à unificação foi a contratação de um portal o Mercado Eletrônico -, que serve como uma espécie de interface para todos os sistemas. Os pedidos de compra e tomada de preço partem de cada unidade, caminham dentro de cada ERP até chegar ao portal, onde podem ser acessados pelos fornecedores e, em seguida, tomam o caminho inverso.

O portal ainda tem uma função fundamental durante a tomada de preço com os fornecedores. É dele a inteligência que analisa e compara as propostas de preço de cada um e a comparação vai além do valor da mercadoria. Entra aqui, por exemplo, o custo da entrega. Todas as transações que passam pelo portal geram relatórios, e as informações alimentam um banco de dados.

Uma das grandes vantagens do portal, segundo Roman, é a facilidade de acesso. Ela conta que, no começo, havia receio por parte da empresa em substituir os pedidos feitos em papel pelo computador principalmente porque boa parte dos compradores são chefs de cozinha. Segundo Roman, entretanto, a mudança foi mais fácil do que imaginava. E sem dúvida muito mais simples e barata do que dar um treinamento de ERP.

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