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Da Redação
Publicado em 1 de abril de 2014 às 15h48.
A tragédia do voo 370 da Malaysia Airlines reacendeu o debate sobre os equipamentos de segurança da aviação civil. Veja as inovações que já existem e poderiam monitorar aviões de forma mais confiável.
Conexão com o GPS
A cobertura dos radares funciona bem em terra, mas o sinal enfraquece a mais de 300 quilômetros da costa. Já existe um sistema de controle aéreo que utiliza as informações mais precisas do GPS dos aviões. Hoje o GPS indica aos pilotos a posição da aeronave, mas não se comunica com centros em terra. Chamado de ADS-B, o novo sistema passará a ser obrigatório nos Estados Unidos em 2020 e vai substituir o rastreamento baseado em radares mundialmente até 2030.
Streaming da caixa-preta
As caixas-pretas até emitem sinais ultrassônicos, mas ainda assim é extremamente difícil achá-las no mar. Para evitar que dados desapareçam em tragédias como a do voo 370, seria necessário transmitir em tempo real as informações de cada avião. O problema é o valor: a empresa L-3 estima que o custo anual seria de 300 milhões de dólares. Airbus e Boeing já estudaram alternativas para enviar só as mensagens mais importantes. Mas ainda não houve determinações de órgãos que regulam o setor.
Transponder automático
Há um motivo para que o transponder possa ser desligado manualmente dentro da cabine. Como o dispositivo transmite sinais sobre o voo ininterruptamente, até quando a aeronave está no solo, o monitoramento dos aeroportos ficaria congestionado. Boeing e Airbus estudam automatizar o acionamento. Especialistas acreditam que essa é a mudança mais urgente e não seria cara. Em metade dos dez grandes acidentes aéreos mais recentes (incluindo os quatro voos de 11 de setembro), o transponder foi desligado deliberadamente.