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7 coisas que você vai poder fazer com o iCloud, da Apple

O iCloud, serviço de computação em nuvem da Apple, deverá ser liberado para os usuários em setembro. Veja o que esse serviço trará para você na prática

O iCloud foi anunciado pela Apple em junho, no evento WWDC 2011, mas ainda não está disponível para os usuários (Justin Sullivan / Getty Images)

O iCloud foi anunciado pela Apple em junho, no evento WWDC 2011, mas ainda não está disponível para os usuários (Justin Sullivan / Getty Images)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 7 de julho de 2011 às 12h37.

São Paulo — Apresentado no início de junho por Steve Jobs, o iCloud, conjunto de serviços de computação em nuvem da Apple, vai trazer uma série de recursos interessantes para os usuários dos produtos da empresa. Sua função básica é armazenar fotos, músicas e documentos num servidor da internet, ou seja, na nuvem. O acesso a esse conteúdo poderá ser feito por meio de um iPhone, iPad, iPod Touch, Mac ou PC.  

Há três características que tornam o iCloud mais atraente que outros serviços na nuvem como Dropbox, Windows Live e Google Music. A primeira é que o serviço da Apple vai incluir um conjunto mais amplo de recursos, abrangendo fotos, música, aplicativos, livros, documentos e agenda pessoal. Os outros serviços são mais restritos. Em segundo lugar, seguindo o estilo habitual da Apple, o iCloud promete ser simples e fácil de usar, realizando várias tarefas automaticamente para o usuário. Por fim, uma característica muito bem vinda é que, diferentemente do que acontece com o produto online atual da Apple, o MobileMe (que custa 99 dólares por ano), o iCloud básico será gratuito. 

O iCloud deve ser liberado para os usuários em algum momento neste terceiro trimestre, quando forem lançados o iPhone 5 e o sistema operacional iOS 5. Esse sistema será compatível com iPhone 3GS ou mais recente, com as duas gerações do iPad e com o iPod Touch de terceira geração ou mais recente. No Mac e no PC, o acesso poderá ser feito por meio do aplicativo iTunes. Confira, a seguir, sete coisas que você vai poder fazer como o iCloud e uma que, por enquanto, não será oferecida aos brasileiros.

1 Organizar fotos automaticamente

O iCloud terá um recurso de sincronismo automático de imagens. Quando ativado, ele vai manter cópias de um álbum de fotos chamado Photo Stream sincronizadas em vários dispositivos. Se alguém tirar uma foto com o iPhone, por exemplo, essa foto será enviada automaticamente para o servidor da Apple na nuvem. A mesma coisa acontece se o arquivo for importado de uma câmera fotográfica.


Do servidor, a foto será distribuída para os outros equipamentos do usuário, incluindo iPad, Mac e PC. No servidor, as fotos vão ficar por 30 dias. No smartphone e no tablet, vão permanecer armazenadas as últimas mil imagens. Se a pessoa quiser guardar permanentemente algumas das fotos, basta movê-las par outra galeria. Já no PC e no Mac, todas as fotos ficarão guardadas, a menos que o usuário resolva apagá-las.

O que torna esse recurso atraente é o fato de ele gerenciar automaticamente as fotos e o espaço usado para armazená-las. Assim, ele deve agradar às pessoas que não têm tempo ou vontade para ficar organizando e copiando arquivos manualmente.

2 Armazenar até 5 gigabytes de arquivos

O iCloud deverá oferecer, a cada usuário, um espaço de 5 gigabytes no servidor. Mas os aplicativos comprados na App Store, as fotos da galeria Photo Stream e os livros baixados da loja da Apple não entram na conta da ocupação de espaço. Nos países onde a loja iTunes vende músicas (o que não inclui o Brasil), elas também não contam. Assim, os 5 GB podem ser ocupados por documentos pessoais, mensagens, fotos que não fazem parte do Photo Stream e dados dos aplicativos. Para isso, 5 GB é bastante espaço. 

3 Editar um documento em vários dispositivos

Se alguém tiver, por exemplo, uma apresentação ou uma planilha no iPad, poderá vê-la e editá-la também no iPhone, no Mac e no PC. Se tudo funcionar como promete a Apple, não será preciso se preocupar em ficar transferindo os documentos de um equipamento a outro. Isso será feito automaticamente, via nuvem. No início, esse recurso deve funcionar apenas com alguns aplicativos. Com o tempo, outros desenvolvedores devem adequar seus programas para que também façam a sincronização com o iCloud.

Documentos, como relatórios, apresentações e planilhas, poderão ser sincronizados por meio do iCloud, da Apple, entre iPhone e o iPad (Reprodução)


4 Manter e-mail, contatos e calendários atualizados

Quando a pessoa se cadastra no iCloud, ela recebe uma conta de e-mail. Mensagens recebidas nessa conta são automaticamente distribuídas para todos os dispositivos do usuário com o sistema iOS. Também será possível manter um calendário sincronizado entre os dispositivos. E esses calendários poderão ser compartilhados com outros usuários de iOS. A mesma coisa acontece com a lista de contatos. Ativada a sincronização, ela passa a ser a mesma no smartphone e no tablet. Os mesmos contatos podem ser sincronizados com a Agenda no Mac e com o Outlook no PC.

5 Ter os mesmos apps no iPhone, iPad e iPod Touch

Para quem tem mais de um dispositivo com o sistema iOS, o iCloud traz a possibilidade de sincronizar os aplicativos entre eles, via nuvem. Até agora, isso era feito de forma mais ou menos manual usando um computador com iTunes. Com o iCloud, promete a Apple, o processo será automático. Quando alguém comprar um aplicativo, poderá optar por distribuí-lo automaticamente pelos vários aparelhos. Se a pessoa comprar, digamos, um iPhone novo, poderá rapidamente instalar nele todos os programas que já adquiriu na App Store.

6 Começar a ler um livro no iPhone e continuar no iPad

Como acontece com outros conteúdos, os livros do aplicativo iBooks, da Apple, serão sincronizados entre os dispositivos com o sistema iOS que a pessoa possui. Assim, alguém pode começar a ler um livro no iPhone. Mais tarde, ao abri-lo no iPad, vai encontrar lá os marcadores e anotações que fez no smartphone.

A loja iBooks não vende livros para os brasileiros, que têm acesso apenas aos títulos gratuitos. Isso restringe sua utilidade no Brasil. Resta esperar que outros e-readers, como o Kindle, da Amazon, também ganhem compatibilidade com o iCloud – algo que não deve demorar muito para acontecer.

E-mail no iCloud: as mensagens são baixadas para os dispositivos e podem ser vistas, depois, mesmo sem acesso à internet (Reprodução)


7 Fazer backup do smartphone e do tablet

Fazer cópias de segurança dos arquivos pessoais é uma tarefa necessária, mas muito chata. Assim, o melhor é que seja feita automaticamente, sem que o usuário tenha de intervir. Esse é uma das funções do iCloud. O sistema da Apple cria, na nuvem, cópias de boa parte dos arquivos presentes no iPhone ou iPad. Isso inclui fotos e vídeos do Rolo de Câmera, aplicativos, livros do iBooks, mensagens de texto, toques da campainha do celular, configurações e dados de aplicativos. A operação é realizada diariamente, mas apenas se o dispositivo estiver conectado via Wi-Fi. Como acontece em todos os bons sistemas de backup, apenas os dados alterados depois da última cópia são transmitidos. A Apple promete, ainda, que a recuperação de dados perdidos vai ser simples, bastando conectar o dispositivo via Wi-Fi e fazer a autenticação no iCloud.

8 Ouvir suas músicas prediletas (mas não no Brasil)

O iTunes na nuvem é um dos atrativos do iCloud. Mas, pelo menos por enquanto, os brasileiros não terão acesso a esse serviço. Como ele depende de negociações de direitos autorais com as gravadoras, a Apple já avisou que deve lançá-lo, inicialmente, apenas nos Estados Unidos. Ao usar esse serviço, a pessoa vai poder ouvir músicas que comprou na loja iTunes em qualquer um dos seus dispositivos – iPhone, iPad, Mac ou PC. A faixa adquirida é transferida automaticamente para todos eles, via Wi-Fi ou 3G.

O usuário também vai poder transferir, para a nuvem, outras músicas que possui no computador. Neste último caso, a Apple vai usar um truque para reduzir o tráfego de dados. Se a música a ser transferida estiver disponível no acervo da loja iTunes, não será necessário mover o arquivo fisicamente para o servidor. O usuário terá acesso à cópia da loja para ouvir em qualquer um dos seus dispositivos. Esse serviço, chamado iTunes Match, será pago e deverá custar 24,99 dólares por ano. A loja iTunes, que não está aberta aos brasileiros, tem cerca de 18 milhões de músicas.

O iTunes na nuvem vai distribuir, entre os vários dispositivos que a pessoa possui, as músicas adquirida na loja iTunes, da Apple. Mas, por enquanto, esse recurso não será oferecido aos brasileiros (Reprodução)

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