Tecnologia

50 startups: Trybe quer acabar com a falta de programadores no Brasil

A escola de programação já recebeu mais de 75 milhões de reais em aportes e no ano passado fechou a compra da Codenation

Trybe: Matheus Goyas, cofundador, quer quadruplicar o número de estudantes (Leandro Fonseca/Exame)

Trybe: Matheus Goyas, cofundador, quer quadruplicar o número de estudantes (Leandro Fonseca/Exame)

RL

Rodrigo Loureiro

Publicado em 4 de março de 2021 às 07h00.

Última atualização em 8 de março de 2021 às 11h03.

Esta reportagem faz parte da série "50 startups que mudam o Brasil", publicada na EXAME. Conheça as demais empresas selecionadas

Escola de programação foco em formar desenvolvedores, a Trybe quer quadruplicar o número de alunos que possui em 2021. Dos 754 estudantes que a companhia registrou em 2020, o plano agora é obter pelo menos 3.000 pessoas dentro das salas de aula virtuais da companhia que já levantou mais de 75 milhões de reais em aportes.

Com a pandemia, a procura pelos cursos aumentou drasticamente. Cada processo seletivo da Trybe tem recebido mais de 10 mil inscrições. "Nosso modelo ficou mais interessante. Antes a população tinha que comprometer capital por quatro anos para só depois, talvez, conseguir um emprego. Na Trybe, elas pagam só depois de empregadas”, diz Matheus Goyas, cofundador e presidente da startup.

Fundada em 2019 por Goyas, João Duarte, Rafael Torres, Claudio Lensing e Marcos Moura, a Trybe poderia ser apenas mais uma escola de desenvolvedores. Mas o que atrai os alunos ­— e os investidores — é o modelo de negócios. Em um dos planos oferecidos, os estudantes podem optar por pagar as mensalidades (que somam 36.000 reais no curso completo) só depois de empregados.

O ex-estudante, então, cede parte da remuneração. Caso não consiga um emprego na área, ele fica livre da despesa ou tem a dívida suspensa temporariamente. “As pessoas entenderam a vantagem de estudar num lugar empenhado no sucesso daquele profissional”, afirma Goyas, presidente da startup.

Os números atuais e projetados para 2021 podem subir ainda mais graças a aquisição da Codenation, anunciada em agosto passado. A startup rival contava com 50.000 clientes e auxilia na inserção de profissionais em empresas como Itaú, Banco Inter e Stone.

“A Codenation tem expertise no recrutamento de profissionais de tecnologia com grandes empresas, então vai nos ajudar a reforçar a área de sucesso do aluno. Eles somam também na parte de ensino de tecnologia, com experiência em formação desde 2017”, diz Goyas.

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