4 vezes em que Pokémon Go mudou a vida das pessoas
Você pode até não gostar, mas o jogo não só é divertido como também já ajudou muita gente por aí
Da Redação
Publicado em 10 de agosto de 2016 às 12h42.
Algumas pessoas podem se dizer "maduras demais" para caçar pokémons. Mas para muitas outras, o jogo tem sido mais do que preencher a Pokédex: de várias partes do mundo, não faltam relatos de como Pokémon Go dá um empurrãozinho para quem tem ansiedade e agorafobia, ou de como vítimas da depressão conseguiram sair de casa pela primeira vez em meses - ou até sobre como quem não conseguia fazer exercícios físicos de repente ganhou o incentivo que faltava.
Aqui vão quatro casos de "good vibes" trazidas pelo aplicativo:
1. Ajudou um adolescente autista a interagir
Adam Barkworth é um menino de 17 anos de Stockport, uma cidade na Inglaterra. Autista, ele tinha sérias dificuldades de estar em público: assim que punha os pés fora de casa, ele costumava ter ataques de ansiedade; vivia enfiado no quarto e não conseguia conversar com ninguém - nem com os próprios irmãos mais novos.
Mas isso mudou quando a mãe de Adam, Jan, baixou Pokémon Go para o garoto. Como num passe de mágica, Adam conseguiu passear por três horas, enquanto caçava pokémons; passou o dia fazendo piadas sobre os monstrinhos e até conversou com uma moça que conheceu no parque, que também jogava.
2. Salvou a vida de um homem caído na estrada
Dificilmente um cidadão de 50 anos pensou que ia ter sua vida salva por monstrinhos japoneses. Mas foi exatamente o que aconteceu com um britânico da cidade de Newark, na Inglaterra.
Três jovens estavam caçando pokémons em ua estrada, depois das 23h30 da noite. No escuro, um deles viu um par de pernas. Eles foram averiguar e encontraram um homem desmaiado.
O grupo ligou para a emergência e chamou a atenção de outros pedestres, que ajudaram com os primeiros-socorros.
O homem retomou a consciência depois de uma massagem cardíaca e os treinadores de pokémons só foram embora 40 minutos depois, quando a ambulância chegou. Segundo os paramédicos, a vítima parecia ter sofrido uma crise epilética.
Os meninos deram entrevista ao jornal The Sun e a mãe de um deles aproveitou para alfinetar os corneteiros do jogo: "muita gente é criticada por sair para jogar Pokémon, mas e se eles não tivessem saído para caçar e encontrado o homem? Ele poderia não estar mais aqui".
3. Tira crianças doentes da cama em hospitais infantis
Hospitais não são o lugar mais divertido do mundo - e para crianças, longas estadias em uma unidade de saúde podem ser profundamente deprimentes.
Mas os pacientes mirins do hospital infantil C.S. Mott, no estado de Michigan, nos EUA, viram o ambiente mudar depois do lançamento de Pokemón Go.
O hospital tem uma série de pokestops e as crianças andam pelos corredores para se abastecer de pokebolas e encontrar os monstrinhos. Por causa disso, têm saido mais da cama e conversado com mais frequência umas com as outras.
Além disso, uma tendência surgiu nas redes sociais para que jogadores com "Lures" sobrando (itens pagos que atraem pokémons para determinado pokestop) soltem o item perto de hospitais infantis para que os pacientes possam jogar sem sair na rua.
O único problema é que a a ideia do Lures pode também surtir um efeito contrário. Crianças não autorizadas a sair do quarto por motivo de saúde podem se sentir frustradas.
De qualquer forma, a experiência em Michigan tem tido efeitos mais positivos que negativos. Para tentar deixar as coisas mais organizadas e proteger a privacidade dos pacientes, a administração do hospital identifica com placas as áreas importantes para o jogo: "Esse é um Pokestop. Tire fotos [com os pokémons], mas não fotografe ninguém que não seja da sua família".
4. Pode ajudar a combater a depressão
Vários treinadores têm comentado no Twitter sobre as melhoras nos sintomas de depressão desde que começaram a jogar.
Para o psicólogo e fundador do site PsychCentral, John Grohol, esse efeito está de acordo com os resultados de estudos científicos sobre a doença.
Alguns experimentos mostram que fazer exercícios físicos é uma das melhores estratégias para combater a ansiedade - mas, para quem não está se sentido bem, o mais difícil é conseguir que elas se sintam motivadas a sair de casa.
Pokemón Go acaba sendo um 2-em-1, promovendo a motivação necessária e já acoplando o exercício. Entre autistas, ansiosos e deprimidos, o jogo se transformou em terapia alternativa para promover a saúde mental.
Algumas pessoas podem se dizer "maduras demais" para caçar pokémons. Mas para muitas outras, o jogo tem sido mais do que preencher a Pokédex: de várias partes do mundo, não faltam relatos de como Pokémon Go dá um empurrãozinho para quem tem ansiedade e agorafobia, ou de como vítimas da depressão conseguiram sair de casa pela primeira vez em meses - ou até sobre como quem não conseguia fazer exercícios físicos de repente ganhou o incentivo que faltava.
Aqui vão quatro casos de "good vibes" trazidas pelo aplicativo:
1. Ajudou um adolescente autista a interagir
Adam Barkworth é um menino de 17 anos de Stockport, uma cidade na Inglaterra. Autista, ele tinha sérias dificuldades de estar em público: assim que punha os pés fora de casa, ele costumava ter ataques de ansiedade; vivia enfiado no quarto e não conseguia conversar com ninguém - nem com os próprios irmãos mais novos.
Mas isso mudou quando a mãe de Adam, Jan, baixou Pokémon Go para o garoto. Como num passe de mágica, Adam conseguiu passear por três horas, enquanto caçava pokémons; passou o dia fazendo piadas sobre os monstrinhos e até conversou com uma moça que conheceu no parque, que também jogava.
2. Salvou a vida de um homem caído na estrada
Dificilmente um cidadão de 50 anos pensou que ia ter sua vida salva por monstrinhos japoneses. Mas foi exatamente o que aconteceu com um britânico da cidade de Newark, na Inglaterra.
Três jovens estavam caçando pokémons em ua estrada, depois das 23h30 da noite. No escuro, um deles viu um par de pernas. Eles foram averiguar e encontraram um homem desmaiado.
O grupo ligou para a emergência e chamou a atenção de outros pedestres, que ajudaram com os primeiros-socorros.
O homem retomou a consciência depois de uma massagem cardíaca e os treinadores de pokémons só foram embora 40 minutos depois, quando a ambulância chegou. Segundo os paramédicos, a vítima parecia ter sofrido uma crise epilética.
Os meninos deram entrevista ao jornal The Sun e a mãe de um deles aproveitou para alfinetar os corneteiros do jogo: "muita gente é criticada por sair para jogar Pokémon, mas e se eles não tivessem saído para caçar e encontrado o homem? Ele poderia não estar mais aqui".
3. Tira crianças doentes da cama em hospitais infantis
Hospitais não são o lugar mais divertido do mundo - e para crianças, longas estadias em uma unidade de saúde podem ser profundamente deprimentes.
Mas os pacientes mirins do hospital infantil C.S. Mott, no estado de Michigan, nos EUA, viram o ambiente mudar depois do lançamento de Pokemón Go.
O hospital tem uma série de pokestops e as crianças andam pelos corredores para se abastecer de pokebolas e encontrar os monstrinhos. Por causa disso, têm saido mais da cama e conversado com mais frequência umas com as outras.
Além disso, uma tendência surgiu nas redes sociais para que jogadores com "Lures" sobrando (itens pagos que atraem pokémons para determinado pokestop) soltem o item perto de hospitais infantis para que os pacientes possam jogar sem sair na rua.
O único problema é que a a ideia do Lures pode também surtir um efeito contrário. Crianças não autorizadas a sair do quarto por motivo de saúde podem se sentir frustradas.
De qualquer forma, a experiência em Michigan tem tido efeitos mais positivos que negativos. Para tentar deixar as coisas mais organizadas e proteger a privacidade dos pacientes, a administração do hospital identifica com placas as áreas importantes para o jogo: "Esse é um Pokestop. Tire fotos [com os pokémons], mas não fotografe ninguém que não seja da sua família".
4. Pode ajudar a combater a depressão
Vários treinadores têm comentado no Twitter sobre as melhoras nos sintomas de depressão desde que começaram a jogar.
Para o psicólogo e fundador do site PsychCentral, John Grohol, esse efeito está de acordo com os resultados de estudos científicos sobre a doença.
Alguns experimentos mostram que fazer exercícios físicos é uma das melhores estratégias para combater a ansiedade - mas, para quem não está se sentido bem, o mais difícil é conseguir que elas se sintam motivadas a sair de casa.
Pokemón Go acaba sendo um 2-em-1, promovendo a motivação necessária e já acoplando o exercício. Entre autistas, ansiosos e deprimidos, o jogo se transformou em terapia alternativa para promover a saúde mental.