10 mitos e verdades sobre o câncer
Rancor causa câncer? Dormir perto do celular dá tumor? Boato é o que não falta. Descubra o que é verdade e o que é mentira sobre a doença
Da Redação
Publicado em 12 de setembro de 2015 às 19h03.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h32.
São Paulo - Rancor causa câncer? Dormir perto do celular dá tumor? Boato é o que não falta. Descubra o que é verdade e o que é mentira sobre a doença nas fotos a seguir.
Alimentos ultraprocessados, prontos para consumo, como biscoitos recheados, salgadinhos, frios à base de carne (presunto e mortadela, por exemplo), prontos para aquecer (lasanhas, pizzas congeladas, macarrão instantâneo) e bebidas açucaradas (refrigerantes, sucos ou chás de caixa) contêm conservantes, sódio e substâncias químicas para realçar sabor e aroma - e tudo isso favorece o surgimento de vários tipos de tumor. Esses alimentos também têm muito mais açúcar, sal, gordura e calorias do que o recomendado.
Não há evidência científica disso. A crença de que o humor tem relação com o câncer nasceu na Grécia. Hipócrates dizia que a saúde humana era regulada por quatro fluidos, chamados de humores. A bile negra era um deles, responsável pela depressão, e outro médico grego, Galeno, afirmou que o câncer resultava de uma superdose de bile no organismo. Mas não há comprovação de causa e efeito entre alteração de humor e câncer.
Não. Pintas na pele são normais, principalmente em quem tem pele clara. No entanto, marcas grandes, com mais de meio centímetro, mais de uma cor, formato irregular ou ainda as que crescem ou mudam de cor com o tempo são ameaças em potencial e devem ser examinadas por um médico. Marcas de nascença que apresentem essas características também precisam ser examinadas.
Mito. A maioria das recidivas surge nos primeiros cinco anos após o tratamento, mas não é uma regra. O câncer nos testículos, por exemplo, não costuma retornar após dois anos do tratamento. Por outro lado, o câncer de mama, um dos mais comuns, pode voltar após 10 ou 15 anos, embora seja mais raro. No caso do câncer na tireoide, cerca de dois terços dos casos de reincidência ocorre até 10 anos após o primeiro tratamento, e há registros de pacientes que reviveram a doença décadas depois.
Sim. A população brasileira é miscigenada, logo, não é raro encontrar negros com pai ou mãe brancos. Por isso, casos de câncer de pele que, geralmente, ocorrem em pessoas caucasianas porque decorrem de exposição solar excessiva, podem ser encontrados em afrodescendentes também. Entretanto, além de estarem expostos a esse mal, os negros, os orientais e os mediterrâneos podem desenvolver o câncer de pele nas regiões da palma da mão e da planta dos pés. Muito comum em pessoas acima dos 60 anos, ele começa com uma mancha escura ou acizentada na pele ou nas unhas e é, muitas vezes, ignorado. Manchas que mudam de cor ou de tamanho devem ser sempre examinadas.
Em alguns casos, sim. A alteração genética que desencadeia a formação de um tumor pode ser herdada dos pais (mesmo que eles não tenham tido a doença), mas isso não significa certeza de ter um câncer. O BRCA1 e o BRCA2, por exemplo, são dois genes já conhecidos que, quando defeituosos, aumentam muito as chances de câncer de mama e ovário. Quem tem casos de câncer na família (principalmente mama, ovário, próstata, pâncreas, pulmão e fígado), especialmente parentes de primeiro grau, deve monitorar a saúde mais atentamente.
Esses dois tipos de fumo tendem a ser vistos como alternativas mais saudáveis quando comparados ao cigarros industriais, mas não são - são até piores. O tabaco do charuto e do cachimbo é secado ao sol, o que causa mudança no pH da folha, deixando-a mais alcalina, ou seja, mais irritante que a do cigarro. O fumante não traga a fumaça, mas a deixa mais tempo na boca, e isso aumenta o risco de desenvolver cânceres orais. Além disso, os compostos tóxicos são mais facilmente absorvidos pela saliva, o que aumenta as chances de o fumante ter câncer de esôfago e de garganta.
É controverso. Embora alguns estudos apresentem estatísticas relacionando o uso de celulares a tumores, muita gente acha os resultados inconclusivos. Por outro lado, pesquisas apontam um número maior de casos entre pessoas que habitam próximo a antenas de telefonia. Na dúvida, não fique 24 horas grudado nele.
Não. Durante o funcionamento, o micro-ondas gera uma vibração que provoca fricção entre as moléculas, gera calor, e esquenta a comida. Esse processo resulta em radiação não ionizante, presentes também em outros eletroeletrônicos como celulares, TVs e rádios.
Não. O câncer é originado de um problema genético: um defeito no DNA da célula de algum tecido provoca a reprodução desordenada delas, formando um tumor. Um dos fatores que aumenta as chances dessa mutação do gene é a infecção por um vírus, como o HPV (que pode levar ao câncer do colo do útero) e a hepatite (que pode desencadear câncer de fígado). Os vírus são contagiosos, mas o câncer propriamente, não.
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