Tecnologia

10 milhões perderão vagas para robôs em 20 anos, diz estudo

Pesquisa publicada pela consultoria Deloitte mostra que mais de um terço dos empregos gerados no Reino Unido poderão ser automatizados nos próximos vinte anos


	Robô-segurança faz estágio: funções que pagam menos são as que mais devem ser substituídas
 (Divulgação)

Robô-segurança faz estágio: funções que pagam menos são as que mais devem ser substituídas (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2014 às 08h25.

São Paulo - Robôs estão querendo um emprego (e podem levar o seu!).

Uma pesquisa publicada neste mês pela empresa britânica de consultoria financeira Deloitte mostra que mais de um terço dos empregos gerados no Reino Unido poderão ser automatizados nos próximos vinte anos.

A estimativa é que chegue a 10 milhões o número de vagas que deixarão de existir, pelo menos para humanos.

A pesquisa aponta que as funções que pagam menos (até 30 mil libras por ano) são as que mais devem ser substituídas por máquinas nas próximas décadas.

Cargos ligados a serviços administrativos, vendas, transportes, construção e mineração correm maior risco de serem desempenhados por sistemas artificiais nos próximos anos.

Por outro lado, se você trabalha com computação, engenharia, estudos científicos, artes, comunicação, educação, saúde ou mercado financeiro, então, pode ficar tranquilo… Por enquanto.

O estudo foi realizado pela Deloitte em parceria com pesquisadores da Oxford Martin School e da Universidade de Oxford.

Mas ainda não é hora de cortar a energia solar das máquinas. De acordo com a pesquisa, os avanços tecnológicos tendem a ajudar na execução de trabalhos repetitivos, de auxiliares ou de escritório, enquanto nós – os humanos – continuamos os melhores, por exemplo, em questões relacionadas a pensamento estratégico e habilidade criativa.

Londres é considerada pelos pesquisadores como uma das cidades com índice mais elevado de mão de obra com alta capacitação.

O principal desafio da metrópole será, de acordo com os resultados do estudo, transferir essa mão de obra para novas funções e transformar o encerramento de antigos tipos de trabalho em oportunidades de inovação.

Os autores da pesquisa, Carl Benedikt Frey e Michael A. Osborne, também fizeram uma análise similar nos Estados Unidos em 2013.

Em solo americano, o percentual de empregos que poderão ser substituídos por autômatos ultrapassa os 40%.

Porém, mesmo hoje em dia, nós já podemos ver a extinção de alguns empregos: há quanto tempo você não envia uma carta pelos correios? Por quantos anos mais você acha que as empresas ainda pagarão alguém só para fazer a leitura dos seus registros de água e energia da sua casa? E, com os apps de táxi conectando o cliente ao taxista, o que sobra para as centrais de radio-táxis?

A tecnologia faz mudanças profundas no mercado de trabalho, hoje e sempre.

A dica então para não perder emprego é: siga se capacitando continuamente.

De acordo com a pesquisa da Deloitte, empregos com bons salários e que requerem melhor capacitação têm cinco vezes menos chances de ser automatizados.

Se você queria um motivo para estudar mais um pouco, aí está.

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