FGTS: liberação do saque deve incentivar o consumo (Fábio Rodrigues/Agência Brasil)
Karla Mamona
Publicado em 17 de julho de 2019 às 17h40.
Última atualização em 22 de julho de 2019 às 15h22.
São Paulo - O governo deve anunciar nos próximos dias a liberação dos saques do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). A expectativa a medida injete até R$ 42 bilhões na economia.
A autorização dos saques deve seguir a seguinte proporção: quem tem até R$ 5 mil no fundo poderia sacar 35% do saldo e trabalhadores com até R$ 10 mil, 30% do saldo. Ainda se discutia qual parcela terá direito quem tem entre R$ 10 mil e R$ 50 mil no FGTS. Acima de R$ 50 mil, o trabalhador só poderia sacar 10% do saldo total.
Tem direito ao FGTS todos os trabalhadores com carteira assinada, trabalhadores rurais, temporários, avulsos, safreiros (operários rurais que trabalham apenas no período de colheita) e atletas profissionais.
Atualmente, o uso de recursos do FGTS é limitado à compra da casa própria, aposentadoria e demissão sem justa causa. Contas que permanecem sem depósitos por três anos e pessoas com algumas doenças, como câncer, também têm direito a sacar o dinheiro.
É possível consultar o saldo do FGTS indo pessoalmente nas agências da Caixa, pela internet, por mensagem de SMS ou por aplicativo. A consulta do extrato só não é possível por atendimento telefônico.
O trabalhador que preferir ir diretamente na agência deve ter em mãos o Cartão Cidadão e a senha.
Já a consulta pela internet deve ser feita no site da Caixa (caixa.gov.br). Neste caso é necessário informar o NIS (Número de Identificação Social), também chamado de PIS/PASEP ou NIT e usar uma senha cadastrada pelo próprio trabalhador. O NIS pode ser consultado nos extratos do FGTS, no Cartão Cidadão ou na própria carteira de trabalho.
Ainda no site da Caixa, o trabalhador pode optar por receber o saldo do FGTS por mensagem de SMS. Também é necessário ter o número do NIS (PIS/PASEP) e a senha cadastrada pelo próprio trabalhador ou senha Cidadão (do cartão Cidadão).
Os avisos SMS informam sobre o valor do depósito mensal feito pelo empregador, o saldo atualizado com juros e atualizações monetárias e, quando houver, a liberação de saque ou ajustes na conta. Vale destaca que quem escolher esta opção receberá o extrato em papel em sua residência apenas uma vez por ano, com o valor do saldo anual. Os extratos bimestrais em papel deixam de ser enviados à casa do trabalhador.
Também é possível consultar o saldo pelo aplicativo FGTS. Basta baixar o app no celular disponível para qualquer sistema operacional. Para Android, acesse a Google Play, para iPhone, a App Store e para Windows Phone, a Windows Store. O download é gratuito. Para a consulta do saldo também é importante o número do NIS.