Minhas Finanças

Conheça o CDB que rende 1% ao mês, 56% a mais que a poupança

Título emitido pelo banco Brasil Plural e negociado pela corretora Geração Futuro oferece bom rendimento e tem aporte mínimo de 5 mil reais


	Pessoa segura notas de cem reais: Super CDB tem alto rendimento, mas não é oferecido por um grande banco e tem riscos
 (USP Imagens)

Pessoa segura notas de cem reais: Super CDB tem alto rendimento, mas não é oferecido por um grande banco e tem riscos (USP Imagens)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2014 às 08h03.

São Paulo - A corretora Geração Futuro e o banco Brasil Plural acabam de lançar um CDB com rentabilidade bruta de 1% ao mês. O retorno é superior à média de outros investimentos de renda fixa conservadores e 56% maior do que o rendimento da poupança em um período de dois anos, mesmo descontando o imposto de renda. 

O produto, chamado de "Super CDB", tem aporte mínimo de 5 mil reais e prazo fechado, com vencimentos que variam entre dois a cinco anos, sendo que a rentabilidade não muda de acordo com o prazo.

Como ocorre com outros CDBs, caso o cliente precise vendê-lo antes do vencimento, ele deixa de ganhar a rentabilidade acordada. Em caso de resgate antecipado do Super CDB, o preço pago pelo título será definido pelas condições de mercado e informado pela tesouraria na hora do pedido, havendo risco até mesmo de perda do principal.

Diferentemente de outros CDBs do mercado, porém, o Super CDB paga juros mensais, ou seja, o rendimento é depositado mês a mês na conta do cliente. 

O emissor do título é o banco Brasil Plural, mas as compras e vendas serão realizadas por intermédio da Geração Futuro.

Rentabilidade após desconto do imposto de renda

Do rendimento de 1% ao mês, deve ser descontado o imposto de renda. Como o pagamento de juros é mensal, são aplicadas alíquotas diferentes ao longo do prazo. 

A tributação é feita pela tabela progressiva de imposto de renda e é aplicada da seguinte forma: juros pagos entre 0 e 180 dias serão taxados em 22,5%; entre 181 e 360 dias, em 20%; entre 361 e 720 dias, 17.5%; e acima de 721 dias, 15%.

Se o investimento for feito em dois anos (vencimento mínimo), a rentabilidade líquida (já descontado o imposto) é de 21,22%, retorno 56% maior do que o rendimento da poupança com a Selic atual (10,5%), que no mesmo prazo rende 13,53%. 

Na tabela a seguir, estão detalhados os rendimentos líquidos obtidos em dois anos em investimentos feitos na poupança, no Super CDB e na Letra Financeira do Tesouro, o título mais conservador do Tesouro Direto, que acompanha a variação da taxa Selic. 

Período Super CDB (líquido) Poupança LFT* (líquido)
2 anos 21,22% 13,53% 17,64%

*Rentabilidade obtida no investimento feito por meio de corretoras que não cobram taxa de administração. 

Considerando as rentabilidades mostradas na tabela, é inevitável dizer que o Super CDB merece atenção. Sua rentabilidade é maior do que a de outros investimentos conservadores e supera o CDI, taxa próxima à Selic, que baliza o rendimento das aplicações de renda fixa conservadoras do mercado. 

A LFT, por exemplo, é um dos produtos de renda fixa com menor incidência de taxas do mercado - já que é possível investir por corretoras que não cobram taxa de administração, apenas arcando com a taxa de custódia de 0,3% ano - e um dos poucos que garante um rendimento próximo à Selic, sem oferecer grandes riscos. Mesmo com essas vantagens, ela perde do novo CDB. 


E na comparação com CDBs de outros bancos, o Super CDB também apresenta vantagens, sobretudo por oferecer uma alta remuneração, sem condicioná-la a um aporte vultuoso.

Ainda que existam CDBs que paguem até 110% do CDI, o que atualmente daria um retorno bruto de 11,55% ao ano, para comprar um CDB com essa remuneração os bancos costumam exigir grandes investimentos, que podem facilmente ultrapassar centenas de milhares de reais. 

Riscos

O investidor deve ficar atento aos riscos que a aplicação em CDBs envolve:

Risco de crédito - Ao investir em CDBs, sobretudo de bancos menores, como é o caso do Super CDB, o investidor corre o risco de quebra da instituição, o chamado de risco de crédito.

Esse risco, no entanto, é reduzido porque os investimentos em CDBs são garantidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). A entidade, mantida pelos próprios bancos, restitui eventuais prejuízos do investidor em até 250 mil reais por instituição, por CPF. 

Mas, ainda que se aplique menos de 250 mil reais, o reembolso do FGC pode demorar a chegar e o dinheiro pode ficar parado por meses, enquanto poderia estar rendendo em outra aplicação. Sem contar o fato de que o investidor pode precisar utilizar o dinheiro neste período. 

Risco de liquidez - Como o Super CDB possui prazo de vencimento, o investidor deve estar preparado para arcar com possíveis perdas caso precise resgatar seu dinheiro antes do prazo. 

O tamanho do prejuízo vai depender do preço que os compradores estarão dispostos a pagar pelo CDB no momento em que ele for vendido. 

Por esses e outros motivos, por mais interessante que seja a aplicação, é sempre importante não concentrar todos os investimentos em um único produto.

Acompanhe tudo sobre:aplicacoes-financeirasCDBImigraçãorenda-fixa

Mais de Minhas Finanças

Mega-Sena acumulada: quanto rendem R$ 120 milhões na poupança

Portabilidade da dívida do cartão de crédito começa hoje; entenda como funciona

Calendário Bolsa Família 2024 em julho: veja datas de pagamento

PIS 2024: veja calendário de pagamento para os nascidos em setembro e outubro

Mais na Exame