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Como usar bem e onde investir o 13º salário

A primeira parcela do 13º salário deve ser depositada para trabalhadores assalariados até a próxima sexta-feira (30)

Dinheiro: Saiba o que fazer para deixar o descontrole financeiro para trás  (ruslanshramko/Thinkstock)

Dinheiro: Saiba o que fazer para deixar o descontrole financeiro para trás (ruslanshramko/Thinkstock)

Júlia Lewgoy

Júlia Lewgoy

Publicado em 28 de novembro de 2018 às 05h00.

Última atualização em 30 de novembro de 2018 às 19h12.

São Paulo — Pode comemorar: a primeira parcela do 13º salário deve ser depositada para trabalhadores assalariados até a próxima sexta-feira (30), e a segunda, até 20 de dezembro. Aposentados e pensionistas já começaram a receber a segunda parcela do INSS. A renda extra pode servir de impulso para colocar as finanças nos trilhos, mas como usar bem o dinheiro?

Certamente, o melhor jeito de usar o 13º salário não é fazer a primeira coisa que veio na cabeça, mas o dinheiro a mais pode ajudar a se livrar das preocupações financeiras que estão incomodando. A seguir, veja o que fazer com a renda extra, em ordem de prioridade.

1)  Quitar ou renegociar as dívidas

A prioridade é quitar ou renegociar as dívidas que estão incomodando – não aquelas que já estão planejadas no orçamento e que você consegue pagar todo todo mês com certa tranquilidade. Comece pelas dívidas mais caras, ou seja, as que têm taxas de juros maiores, como crédito rotativo do cartão de crédito e cheque especial.  

“Se você tem dinheiro, tem poder de barganha diferente. Pode conseguir um desconto”, diz Valter Police, planejador financeiro e head da gestora Fiduc.

2) Fazer uma reserva de emergência

Antes de investir para aposentadoria ou para realizar qualquer sonho, o seu primeiro investimento deve ser para formar uma reserva de emergência, um dinheiro para ter à disposição se acontecer algum imprevisto sem precisar se endividar. Se você não tem dívidas, a prioridade é usar o 13º salário para formar essa reserva.

Para isso, mais do que render mundos e fundos, o investimento escolhido precisa ter duas características principais: a possibilidade de você sacar o dinheiro rapidamente sempre que precisar e de resgatá-lo sem prejuízo independentemente do momento. Fundos DI e títulos públicos atrelados à taxa básica de juros, a Selic, são investimentos com essas características.

Uma calculadora desenvolvida pelo aplicativo de finanças pessoais Diin ajuda a calcular o valor ideal para guardar para o futuro, depois que o usuário preenche dados como o salário e os gastos estimados, como dívidas, contas, festas e viagens.

3) Pagar as despesas do início do ano

Se as despesas do início do ano como IPVA, IPTU, material escolar e férias não estiverem planejadas no orçamento, você pode usar o dinheiro da reserva para quitá-las. Porém, sofrerá as dores da falta de planejamento e verá o dinheiro sumir rapidamente, sem dar tempo de render enquanto está investido.

“Se você tem um bom planejamento, já sabe que terá essas despesas, se organiza ao longo do ano e não precisa usar o 13º salário para isso”, diz Eliane Tanabe, planejadora financeira certificada pela Associação Brasileira de Planejadores Financeiros (Planejar).

4) Consumir com inteligência

Usar o 13º salário para as compras não é nenhum crime se você estiver sem dívidas e com uma uma reserva de emergência, mas use a renda extra de forma consciente. Planeje a compra com antecedência e pense no longo prazo.

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