Uma batida ou um arranhão num automóvel de luxo costuma ser um atentado ao bolso. Há pouco tempo, o proprietário de um sedã BMW 540 Protection, modelo que já sai blindado da fábrica, teve de trocar o vidro traseiro do carro, que havia trincado. Custo da substituição: 25 000 reais, o preço de um carro popular com alguns acessórios. Para sua sorte, porém, o dano estava coberto por um seguro.

O alto preço de reparos como esse eleva o custo das apólices. Na média, o seguro custa 5% do valor do veículo. O proprietário de uma Ferrari de 1 milhão de reais vai gastar, em média, 50 000 reais para protegê-la (veja quadro). Os preços, porém, podem variar de acordo com o perfil do motorista e o uso do automóvel.

Um jovem de 19 anos que sai à noite rumo às baladas poderá ter de pagar até 12% do valor do veículo para proteger seu carro, ao passo que um senhor que só tira o carrão da garagem para dar uma volta no quarteirão no domingo de manhã pagará bem menos, cerca de 2%. "Temos clientes que só rodam 1 000 quilômetros por ano e pagam pouco pelo seguro", diz Sidney Munhoz, diretor da seguradora Chubb, de São Paulo, especializada nesse tipo de seguro.

Para baixar o custo da apólice, o segurado deve demonstrar que não oferece riscos. Além de contar com seu perfil, exibir a frota estacionada em casa também ajuda. "O cliente que tem muitos carros usa pouco cada um deles", diz Anderson Tonhato, da corretora Stremo, de São Paulo.