Revista Exame

Conheça os melhores fundos de ações long only em 2022

Navi foi a vencedora dessa categoria do Melhores do Mercado, da EXAME; leia o depoimento dos gestores à frente dos 3 fundos premiados

Plataforma da Petrobras: ação estatal foi principal aposta da Navi em 2022 (Germano Lüders/Exame)

Plataforma da Petrobras: ação estatal foi principal aposta da Navi em 2022 (Germano Lüders/Exame)

Publicado em 22 de março de 2023 às 06h00.

A Navi foi a vencedora da categoria fundos de ações long only na premiação Melhores do Mercado da EXAME, relativa ao ranking mais tradicional da indústria de fundos de investimento do país. A gestora foi premiada com o fundo Navi Cruise em ranking elaborado pelo BTG Pactual (do mesmo grupo que controla a EXAME), partindo de uma metodologia definida pela EXAME com a ajuda de especialistas em investimentos. Na segunda colocação ficou o fundo Real Investor, da gestora de mesmo nome, seguido pelo 3G radar, que também leva o nome da gestora.

Veja abaixo os depoimentos em primeira pessoa dos gestores à frente dos três fundos premiados da categoria, em que eles contam as estratégias e as decisões de alocação tomadas em 2022 e 2021, além da visão para o ano de 2023:


1o: Navi

“Fugir das cascas de banana foi um dos fatores que contribuíram para o nosso alpha [rentabilidade acima do índice de referência] ao longo de 2022. Não fomos pegos de surpresa com grande posição em empresas muito dependentes do mercado doméstico e do longuíssimo prazo, sem resultado relevante em um horizonte mais curto. Petrobras foi o destaque no período, era nossa principal posição. Havia muito preconceito em cima do nome por ser um ano eleitoral, mas sabíamos que a política de dividendos seria mantida pelo menos até as eleições. Era uma boa oportunidade para uma posição relevante. Hoje, nossa posição em Petro diminuiu, mas continua entre as três maiores. A principal aposta é Itaú, e gostamos também de Equatorial Energia. Para 2023, não estamos muito positivos com a bolsa, e o motivo é o mesmo do ano passado: a inflação nos Estados Unidos e a consequente elevação dos juros. Nossa visão é de que os juros americanos em alta deixam os ativos de risco em dificuldade, incluindo o Brasil. Ou seja, estamos mais frágeis. Se o governo apresentar um plano fiscal crível, podemos ganhar uma dinâmica própria.”

Waldir Serafim, sócio e co-CIO de renda variável da Navi


2o: Real Investor

“No ano passado, a geração de alpha da nossa carteira veio de quatro setores. O primeiro foi o de petróleo, e tivemos uma posição importante em Petrobras e PetroReconcavo. Essas empresas geraram muito caixa e tiveram um desempenho muito bom. Mesmo a Petrobras, com o ruído político, estava muito barata. Outro setor que eu destacaria foi o bancário e a nossa posição em Banco do Brasil. O banco tem uma carteira de crédito muito conservadora e estava negociando três vezes o lucro. Também montamos uma posição importante em Porto Seguro, que é uma empresa líder de mercado e que foi penalizada injustamente, com o aumento dos preços dos carros e com o floating, já que o CDI estava baixo. Sabíamos que, com a alta dos juros, o floating também subiria. O último setor de destaque foi o de autopeças, com destaque para Tupy e Mahle Metal Leve. Em ambas as empresas estávamos bem posicionados. Sabemos que o Brasil está com o câmbio depreciado, e essas empresas com dólar acima de 5 reais são competitivas. Esses quatro setores nos ajudaram a ter bom resultado. Por último, tínhamos uma posição interessante em Vulcabras, que tem ganhado marketshare e está com preço atrativo.”

Cesar Paiva, sócio-fundador e gestor da Real Investor


3o: 3G Radar

“O nosso fundo é concentrado, em média oito posições. Nós focamos o setor de infraestrutura, onde temos posições estruturais há mais de dez anos, e de forma seletiva os setores de saúde, de consumo e industrial. Nosso time de investimento trabalha junto há muito tempo, entre dez e 25 anos. O processo de investimento é muito disciplinado, com base em fluxo de caixa de longo prazo e exigindo elevada margem de segurança. Privilegiamos empresas com baixa alavancagem que geram lucro e pagam dividendos. Buscamos investir a preços que o retorno esperado seja compatível com o risco do negócio. Em 2022, nossas teses nos setores de energia elétrica e de infraestrutura portuária geraram excelentes resultados, mas por outro lado o setor de saúde foi detrator de performance. Estamos muito construtivos com nosso portfólio atual e com muitas oportunidades que o mercado está proporcionando.”

Mario Campos, gestor e sócio-fundador da 3G Radar


TOP 10 (Listados em ordem alfabética)
3G Radar
Kiron II
Miles Virtus
Navi Cruise
Núcleo Ações
Opportunity Logica II
Real Investor
Sharp Equity Value
Squadra Long Only

Acompanhe tudo sobre:Revista EXAME

Mais de Revista Exame

Aprenda a receber convidados com muito estilo

"Conseguimos equilibrar sustentabilidade e preço", diz CEO da Riachuelo

Direto do forno: as novidades na cena gastronômica

A festa antes da festa: escolha os looks certos para o Réveillon