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A rotina e hobby de Antônio Oliva se divide entre pódios e festas

Para além das grandes celebrações que organiza com a Holding N1, Antônio Oliva é tetracampeão brasileiro de adestramento de cavalos

Antônio Oliva: planos de um dia voltar a competir no adestramento (Leandro Fonseca/Exame)

Antônio Oliva: planos de um dia voltar a competir no adestramento (Leandro Fonseca/Exame)

Júlia Storch
Júlia Storch

Repórter de Casual

Publicado em 22 de agosto de 2024 às 06h00.

Última atualização em 23 de agosto de 2024 às 16h53.

Antônio Oliva, diretor de novos negócios da Storymakers, não participou da Olimpíada de Paris, mas foi surpreendido ao ver que o primeiro cavalo que montou, aos 3 anos, estava na cerimônia da tocha olímpica. “Fui campeão brasileiro com esse cavalo, e depois demos de presente para um amigo francês do meu pai”, diz o empresário que esteve nos Jogos Olímpicos torcendo pelo irmão, João Oliva, nas competições de adestramento.

O interesse por hipismo começou na infância no haras de seu pai, José Victor Oliva, em Araçoiaba da Serra, a 121 quilômetros de São Paulo. Adquirida há mais de 35 anos, a fazenda inicialmente era um espaço de lazer da família aos fins de semana, com cavalos para montaria. No entanto, após alguns anos, José insistiu para que os filhos começassem a competir. “Tudo começou como uma diversão para o meu pai. Mas, como qualquer moleque, eu era um pouco inseguro e medroso em competir, mas ele insistia tanto que acabamos topando”, conta.

O incentivo esportivo também possui vínculos pelo lado materno, já que Antônio e João são filhos da ex-atleta de basquete Hortência Marcari.

“O adestramento pode ser comparado ao balé clássico. Todos os cavaleiros têm uma sequência de movimentos artísticos que precisam apresentar com uma música”, explica Oliva. “Os juízes avaliam como os movimentos são feitos. As notas então são somadas e divididas, resultando no percentual”, explica. “Um ponto muito interessante é que o hipismo é o único esporte em que homens e mulheres competem juntos.”

O primeiro pódio de Antônio veio em 2009, quando foi campeão brasileiro míni-mirim. Até decidir seguir pela carreira empresarial nos negócios da família, Antônio foi tetracampeão brasileiro de adestramento, ainda adolescente. “Se eu realmente quisesse ter uma chance em uma Olimpíada, como a do Rio de Janeiro, em 2016, teria de ter optado por morar fora e trancar a faculdade. Decidi continuar os estudos.”

Hoje ele trabalha como diretor de novos negócios na Storymakers. Lançada em 2016, a empresa é uma aceleradora de ideias, em especial os projetos que carregam o selo No1, que incluem o Camarote No1, evento de Carnaval no Rio de Janeiro. A empresa é uma das seis pertencentes à Holding Club.

“Estamos há mais de 30 anos presentes no Carnaval”, diz o executivo. “Agora estamos criando outros momentos de festa durante o ano para atingir outros públicos. Estamos estudando estar em grandes festivais de música e teremos o Réveillon Arcanjos No1 em Barra de São Miguel, Alagoas.”

Além disso, Antônio é sócio do bar e restaurante Tetto Rooftop Lounge e sucessor dos eventos que carregam o selo No1, além de se apresentar como DJ. “O que eu mais aprendi com o esporte foi a lidar com a derrota. Quando era bem novo, comecei a ganhar várias competições, e foi muito frustrante quando perdi o primeiro campeonato brasileiro. Meu professor me chamou e mostrou por que eu havia perdido. E é exatamente isso que eu tento fazer nos negócios, olhar para o que não deu certo para melhorar no futuro”, diz. “Também é preciso ter constância. Assim como é necessário criar um vínculo com o cavalo, é preciso ter persistência no trabalho.”

Outro negócio da família é o haras. Além de ser um espaço de descanso nos fins de semana, o espaço se tornou um ativo. Atualmente há mais de 100 cavalos em treinamento, que podem ser vendidos.

Ainda que tenha diferentes funções na rotina, Antônio não descartou completamente os planos no hipismo. “Tenho uma expertise muito grande do que eu faço, que é trabalhar com entretenimento. Foi uma escolha que fiz. Mas tenho certeza de que ainda vou voltar a competir. Sou bom o suficiente, e o adestramento vai me receber de braços abertos. É possível começar a montar muito jovem e continuar até muitos anos de idade. Um atleta de 70 anos participou nesta Olimpíada”, diz.

A vontade é chegar a uma Olimpíada ao lado do irmão. “Imagine os dois filhos da Hortência competindo. Se ela já é chorona com um, imagine com os dois”, brinca.

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