João Adibe Marques, CEO da Cimed: abertura de capital está nos planos (Leandro Fonseca/Exame)
Repórter de Negócios
Publicado em 14 de setembro de 2023 às 06h00.
Última atualização em 10 de janeiro de 2024 às 14h08.
Uma das principais farmacêuticas brasileiras, a paulistana Cimed vem combinando nos últimos anos expansão acelerada de receita e de portfólio. Em 2022, a companhia terminou o ano com receita líquida de 1,9 bilhão de reais, uma alta de 22% em 12 meses. O Ebitda cresceu 18,9% e chegou a 479 milhões de reais. No período, a Cimed lançou 50 produtos — atualmente, são 600.
Uma das inovações mais comentadas é o hidratante labial Carmed Fini, lançado em parceria com a empresa de guloseimas Fini. Foi um sucesso imediato de vendas. “Desde 2018 a gente vem fazendo essa transformação de branding dentro do nosso setor”, diz o CEO João Adibe Marques, que comanda um negócio familiar que tem 46 anos de história.
Com produção e distribuição dos fármacos feitas por time próprio, a empresa conseguiu chegar a 90% das 80.000 farmácias do país. “As 26 maiores redes representam só 40% do mercado”, diz o empresário. A empresa investiu 79 milhões de reais no último ano para erguer uma nova fábrica em Pouso Alegre, no sul de Minas Gerais. O plano agora é aumentar a capacidade produtiva de 40 milhões de produtos para 100 milhões por mês até 2024.
A Cimed também está se preparando para a abertura de capital nos próximos anos. Desde 2021, divulga relatórios anuais nos moldes das companhias listadas na B3. “A ideia é preparar os analistas em relação ao que é a Cimed e ao que é o setor farmacêutico”, diz Adibe.