Luciano Machado, da MMF: “Não é aceitável ouvir que não é algo previsto quando um desastre acontece” (Carol Coelho//Divulgação)
Repórter
Publicado em 23 de novembro de 2023 às 06h00.
Última atualização em 23 de novembro de 2023 às 12h49.
O engenheiro Luciano Machado tem um propósito: preparar as cidades brasileiras para o impacto do aquecimento global. “O Brasil não teve um crescimento ordenado e segue sem ter”, diz.
Machado é fundador da MMF, uma empresa de geotecnia, ramo da engenharia voltado para o preparo do solo para receber grandes obras, como barragens, estradas e prédios.
Fundada em 2014, a MMF deve fechar o ano com receita de 10 milhões de reais, dez vezes o valor de 2020.
A rápida expansão veio a reboque de uma guinada ESG da empresa, que vem sendo cada vez mais contratada por governos interessados em evitar desastres ambientais, infelizmente cada vez mais comuns em meio a ondas de calor recorde em algumas regiões — e chuvas torrenciais em outras.
“Já sabemos onde vai chover e quanto vai chover”, diz ele. “Não é aceitável ouvir que não é algo previsto quando um desastre acontece.”
Em Campos do Jordão, estância turística no interior paulista, a empresa está auxiliando a prefeitura a mapear casas com risco de desabamento.
“Hoje se fala muito em diminuir as emissões de carbono, mas deveríamos pensar em como vamos preparar a cidade para o aquecimento global”, afirma ele.