Revista Exame

Brasília avança na locação, mas não recupera patamar de 2019 do setor imobiliário

A locação avança, mas ainda não recupera o patamar de 2019

 (Julia Jabur/Exame)

(Julia Jabur/Exame)

BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 13 de outubro de 2022 às 06h00.

O mercado imobiliário de Brasília está em recuperação mais lenta do que no restante do Brasil. A variação do preço de locação de imóveis residenciais subiu de 2,7% em 2021 para 7,2% nos últimos 12 meses até agosto deste ano. Já a média nacional foi uma variação de 15,31%, com inflação de 8,32% no período.

Ainda que mais branda, a retomada do mercado de aluguéis acompanha a tendência nacional, com consumidores adiando os planos de compra de um imóvel enquanto a taxa básica de juro, a Selic, se mantém em patamares elevados. Em Brasília, o movimento é bastante visível nas curvas de variação de preço observadas no Índice FipeZap+. O preço médio das vendas de imóveis residenciais novos e usados teve uma variação positiva de 9,1% em 2021, recuando para 4,7% neste ano, em trajetória inversamente proporcional à dos aluguéis.

Existe, no entanto, um evento recorrente que costuma impulsionar tanto os mercados de venda quanto os de locação em Brasília: as eleições. “Houve um aquecimento forte do mercado em 2019 com uma forte renovação do Congresso. Estamos na expectativa de que a eleição deste ano possa trazer um novo pico”, afirma Ovídio Maia, presidente do Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Secovi-DF). Os novos residentes vão encontrar um mercado com custo médio de 36,04 reais o metro quadrado para o aluguel, e de 8.780 reais o metro quadrado para a compra.

Acompanhe tudo sobre:Brasíliaindice-fipezapMercado imobiliáriomercado-imobiliario

Mais de Revista Exame

Borgonha 2024: a safra mais desafiadora e inesquecível da década

Maior mercado do Brasil, São Paulo mostra resiliência com alta renda e vislumbra retomada do centro

Entre luxo e baixa renda, classe média perde espaço no mercado imobiliário

A super onda do imóvel popular: como o MCMV vem impulsionando as construtoras de baixa renda