“A Nexa nasce como líder de zinco na América Latina e pronta para ser um dos grandes competidores no mercado global”, diz Tito Martins, presidente da Nexa. (./Divulgação)
Da Redação
Publicado em 15 de novembro de 2017 às 06h00.
Última atualização em 21 de novembro de 2017 às 18h57.
No final de outubro, uma nova empresa nasceu no setor de mineração — a Nexa Resources, resultado da união da Votorantim Metais, líder em mineração de zinco no Brasil, com a Milpo, líder no Peru. O lançamento da marca ocorreu com a abertura do capital nas bolsas de Nova York, nos Estados Unidos, e de Toronto, no Canadá. A oferta pública de ações resultou na captação de 570 milhões de dólares e deve dar fôlego à companhia para investir em novos projetos de extração de minérios. Segundo a Nexa, que ficará sediada em Luxemburgo, a mudança da marca não terá um impacto direto nas operações da companhia. No Brasil, a empresa tem cinco unidades — duas de mineração, duas de metalurgia e uma de produção de ácido sulfúrico —, todas em Minas Gerais.
Na área de sustentabilidade também não haverá mudança em função da reestruturação, pelo menos no curto prazo. A ideia é manter as ações de responsabilidade socioambiental com foco nas localidades em que a companhia mantém suas operações. “A Nexa nasce como líder de zinco na América Latina e pronta para ser um dos grandes competidores no mercado global”, diz Tito Martins, presidente da Nexa. “Não perderemos nosso DNA Votorantim, com os valores e as crenças que nos trouxeram até aqui.”
Uma das áreas em que a Nexa quer continuar investindo é a de inovação. Nos últimos anos, a Votorantim Metais vinha apostando na agilidade e na flexibilidade das startups para acelerar a inovação em suas operações. Em 2016, a companhia lançou o Mining Lab, um programa que tem o objetivo de buscar soluções nas áreas de nanotecnologia e energias renováveis. A ideia é encontrar aplicações para recuperar partículas durante os processos de flotação (separação de minerais de suas impurezas) e substituir fontes energéticas tradicionais na mineração, como combustíveis fósseis e eletricidade, por alternativas mais econômicas e sustentáveis, como biomassa, biogás e energia solar. Dos 115 projetos inscritos no Mining Lab, sete foram selecionados, entre eles o da startup BChem, que propôs a instalação de uma usina em Vazante, Minas Gerais, para a produção de biodiesel com o óleo de fritura recolhido nas casas e nos estabelecimentos no entorno da unidade de mineração da Nexa. Outra startup selecionada, a Ecosoluções, usa a nanotecnologia para tratar efluentes com alta concentração de sais minerais, como o magnésio — o objetivo é recuperar esse elemento químico e -usá-lo como fertilizante agrícola.