Marcus Teles, CEO da Leitura: irmão de um dos fundadores, ele entrou na empresa aos 13 anos (Alexandre Resende/Nitro)
Repórter de Negócios
Publicado em 14 de fevereiro de 2025 às 06h00.
Última atualização em 3 de março de 2025 às 15h07.
Quando a livraria mineira Leitura completou 55 anos, em 2022, o conterrâneo dela Ziraldo, um dos maiores cartunistas do Brasil, desejou à empresa sucesso para continuar sendo “um mercador do mundo”. Está aí uma boa síntese de uma livraria. Há, mesmo, milhares de mundos pelos livros das lojas da Leitura, a maior rede de livrarias do país. Um passeio rápido pela unidade do Shopping Parque Dom Pedro, em Campinas, no interior de São Paulo — a operação de maior faturamento da rede — é a prova viva. Livros didáticos se misturam com outros em universos mágicos. Há também áreas para histórias juvenis, como da escritora americana Colleen Hoover, o maior fenômeno literário dos últimos anos, e para obras devocionais, verdadeiros best-sellers no Brasil. Mas isso é o esperado de uma livraria. A justificativa para a Leitura ainda estar por aqui enquanto outras grandes do setor diminuíram ou morreram está justamente no que vai além dos livros. Na Leitura, os corredores não se limitam às estantes: há espaço para presentes (de varinhas mágicas a chaveiros), artigos de papelaria, decoração e, por ali em Campinas, até um Starbucks. É a livraria como uma área de convivência, para além de um ponto de compra — a grande diferença para a rede seguir viva e em ritmo de crescimento.