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André Clark, presidente da Siemens: 5 milhões de dólares investidos desde 2011 em ações coletivas de combate à corrupção (Germano Lüders/Exame)
Da Redação
Publicado em 22 de novembro de 2018 às 05h12.
Última atualização em 22 de novembro de 2018 às 13h06.
Existe uma relação entre inovação e ética empresarial. A gigante industrial alemã Siemens aprendeu essa lição a duras penas. Em meados da década passada, a empresa esteve no centro de um dos maiores escândalos de corrupção, que envolveu o pagamento de 1,4 bilhão de dólares em propinas a autoridades de mais de 20 países. O caso não só revelou a atuação condenável de sua liderança na época como também escancarou um cenário gravíssimo para os negócios da companhia: depois de anos se apoiando em práticas duvidosas, a Siemens havia perdido a competitividade. Seus produtos estavam tecnologicamente defasados e, provavelmente, teriam dificuldade em um ambiente de concorrência justa. A empresa, notória por seu time de engenharia, havia negligenciado a inovação.