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Tesla tem maior número de acidentes fatais entre marcas de carros dos EUA, diz estudo

Embora a Tesla tenha se destacado, outras montadoras também aparecem na lista de veículos mais perigosos

Tesla Model Y, um dos SUVs elétricos mais populares da marca, ocupa o sexto lugar entre os veículos mais perigosos (Patrick Pleul/Pool/AFP/Getty Images)

Publicado em 19 de novembro de 2024 às 20h50.

A Tesla foi a líder de acidentes fatais nos Estados Unidos nos últimos cinco anos, segundo uma pesquisa feita pela iSeeCars, uma plataforma dedicada à análise do mercado automotivo.

A pesquisa analisou dados do Fatality Analysis Reporting System (FARS), órgão ligado ao governo dos Estados Unidos, envolvendo veículos de 2018 a 2022. Os resultados apontam para um cenário preocupante, que levanta questões sobre o impacto do comportamento dos motoristas e a segurança viária.

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O Tesla Model Y, um dos SUVs elétricos mais populares da marca, ocupa o sexto lugar entre os veículos mais perigosos, com uma taxa de 10,6 acidentes fatais por bilhão de milhas, 3,7 vezes acima da média nacional. O Tesla Model S, outro modelo icônico da fabricante, também aparece no ranking, com uma taxa de fatalidade duas vezes maior que a média.

Embora a Tesla tenha se destacado, outras montadoras também aparecem na lista de veículos mais perigosos.

De acordo com o levantamento, a taxa de acidentes fatais entre veículos é de 2,8 por bilhão de milhas percorridas. No ranking de modelos menos seguros, o Hyundai Venue lidera, enquanto a Tesla se posiciona como a marca com o maior índice geral de fatalidades, à frente de outras fabricantes como Kia, Buick, Dodge e Hyundai.

O estudo revelou que os acidentes fatais não estão necessariamente relacionados à engenharia ou falhas de segurança nos veículos. Modelos como o Tesla Model Y, por exemplo, receberam boas avaliações em testes de colisão conduzidos por entidades como o Insurance Institute for Highway Safety (IIHS). No entanto, fatores como distração ao volante, velocidades excessivas e condições adversas de direção continuam sendo determinantes para o aumento do número de fatalidades.

Pequenos carros e SUVs estão entre os mais perigosos

O relatório também destaca que veículos compactos apresentam índices mais elevados de fatalidades, devido às limitações de tamanho e peso em colisões com veículos maiores.

Embora avanços tecnológicos, como reforços estruturais e airbags, tenham melhorado a segurança, o impacto físico desfavorece os carros menores em colisões com SUVs ou caminhonetes.

SUVs, por outro lado, possuem uma vantagem natural de tamanho, mas enfrentam outro risco: a maior propensão a capotagens, que elevam significativamente as chances de fatalidades. Modelos como o Ford Bronco e o Mercedes-Benz G-Class tiveram taxas de acidentes fatais mais altas do que a média do segmento, reforçando que o porte do veículo não garante imunidade em acidentes graves.

Comportamento ao volante é o fator crucial

Karl Brauer, analista executivo da iSeeCars, enfatiza que o principal fator para evitar acidentes fatais é o comportamento do motorista. Segundo ele, a atenção ao volante e a condução em velocidades prudentes têm mais impacto na segurança do que qualquer característica do veículo.

A pesquisa evidencia que, apesar dos avanços em segurança automotiva, o aumento de distrações ao volante e a alta velocidade estão compensando as melhorias tecnológicas. Para Brauer, o desafio vai além da construção de veículos mais seguros e passa pela educação e conscientização dos motoristas.

Entre 2018 e 2022, Tesla liderou o ranking das marcas com maior índice de fatalidades por bilhão de milhas. O estudo serve como um alerta para fabricantes e consumidores sobre a importância de combinar tecnologia e comportamento responsável para reduzir as estatísticas de acidentes.

Enquanto os avanços na direção autônoma prometem transformar a mobilidade, o relatório do iSeeCars serve como um alerta: a segurança ainda depende, em grande parte, da interação entre homem e máquina.

*Este conteúdo foi produzido com o auxílio de ferramentas de inteligência artificial e revisado por nossa equipe editorial.

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