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Qual era a fortuna de Brigitte Bardot? Filho pode não receber herança

Atriz e ativista francesa faleceu no último domingo, 28, aos 91 anos

Brigitte Bardot: ícone do cinema francês criou fundação para defender animais em 1986 (Divulgação/Getty Images)

Brigitte Bardot: ícone do cinema francês criou fundação para defender animais em 1986 (Divulgação/Getty Images)

Maria Eduarda Lameza
Maria Eduarda Lameza

Estagiária de jornalismo

Publicado em 29 de dezembro de 2025 às 09h37.

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Brigitte Bardot, atriz francesa que se tornou um ícone do cinema europeu e referência no ativismo pelos direitos dos animais, morreu no último domingo, 28, aos 91 anos. Segundo a imprensa internacional, Bardot acumulava uma fortuna de US$ 65 milhões (aproximadamente R$ 360 milhões).

O valor é uma estimativa baseada nos direitos autorais das produções audiovisuais que a artista continuou recebendo ao longo da vida, mesmo após a aposentadoria do cinema na década de 1970, e no patrimônio imobiliário que Bardot construiu.

A atriz era a dona da mansão La Madrague, em Saint-Tropez, comprada no fim dos anos 1950 e considerada uma das residências mais emblemáticas da Riviera Francesa. Brigitte Bardot tinha outros imóveis na região avaliados em cerca de US$ 8 milhões (aproximadamente R$ 44 milhões).

Entretanto, Nicolas-Jacques, seu único filho, pode não receber essa herança milionária. 

Filho fora da partilha?

Após deixar as telonas na década de 1970, Bardot dedicou a vida à defesa dos direitos animais. Ela criou uma fundação com o seu nome para promover a causa animal. Segundo relatos do biógrafo Yves Bigot à imprensa francesa, a atriz pode ter comprometido boa parte da fortuna para manter a fundação e financiar ações de resgate a animais que sofriam maus tratos. Bigot afirma que a própria mansão teria sido hipotecada.

A atriz teve quatro casamentos: com Roger Vadim (1952–1957), Jacques Charrier (1959–1962), Gunter Sachs (1966–1969) e Bernard d’Ormale, seu marido desde 1992. Com Charrier, teve seu único filho, Nicolas-Jacques, em 1960. 

Mãe e filho tiveram sempre uma relação muito conturbada. Nicolas cresceu com a família paterna e Bardot afirmou por diversas vezes que "não nasceu para ser mãe."

Quem foi Brigitte Bardot?

Nascida em 28 de setembro de 1934, em Paris, Bardot ganhou notoriedade mundial ainda jovem. Seu papel no filme E Deus Criou a Mulher (1956), dirigido por seu então marido Roger Vadim, marcou sua ascensão como símbolo de uma nova era no cinema europeu.

Com sua atuação, Brigitte Bardot se tornou sinônimo de sensualidade e liberdade, influenciando a cultura pop das décadas seguintes.

Após encerrar a carreira no cinema nos anos 1970, Bardot se dedicou integralmente à causa animal. Fundou em 1986 a instituição que leva seu nome e que atua até hoje na proteção de espécies ameaçadas e no combate aos maus-tratos.

A artista foi hospitalizada em outubro deste ano em Toulon, cidade próxima à sua residência em Saint-Tropez, para realizar uma cirurgia. Ela recebeu alta médica ainda no mesmo mês.

A informação de sua morte foi confirmada pela Fundação Brigitte Bardot, entidade que ela presidia. A causa da morte não foi divulgada.

Repercussão na França

O presidente da França, Emmanuel Macron, lamentou a morte da atriz: 

"Seus filmes, sua voz, sua fama deslumbrante, suas iniciais, suas tristezas, sua generosa paixão pelos animais, seu rosto que se tornou Marianne – Brigitte Bardot personificou uma vida de liberdade", publicou Macron na rede social X.

O presidente do partido de ultradireita União Nacional, Jordan Bardella, também se pronunciou nas redes sociais sobre a morte de Brigitte Bardot, destacando que ela personificava uma ideia de coragem e liberdade.

A líder da direita francesa, Marine Le Pen, também lamentou a morte da atriz e classificou o fato como “uma perda profunda” para o país.

“A França perdeu uma mulher excepcional, notável por seu talento, coragem, franqueza e beleza. Uma mulher que escolheu encerrar uma carreira incrível para se dedicar aos animais, a quem defendeu até o último suspiro com energia e amor inesgotáveis. Ela era a quintessência da França: de espírito livre, indomável e intransigente. Sentiremos muito a sua falta”, afirmou.

Em 1992, Brigitte Bardot se casou com Bernard d’Ormale, ex-conselheiro do partido de ultradireita Frente Nacional, posteriormente renomeado como União Nacional.

Mais tarde, ela passou a apoiar publicamente os líderes da legenda, incluindo Jean-Marie Le Pen e sua filha, Marine Le Pen. Bardot chegou a chamar Marine de “a Joana D’Arc do século 21”. Em 2004, Bardot foi condenada por incitação ao ódio racial em seu livro. 

O ator francês Pierre Arditi, amigo pessoal de Bardot, também prestou homenagem: “Ela era magnificamente linda. Não era apenas uma das mulheres mais bonitas do mundo — era a mulher mais bonita do mundo, e continua sendo. As pessoas que amamos nunca morrem”, declarou.

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