Entre suas premiações estão 28 Grammys, dois Oscars honorários e um Emmy (Joël SAGET / AFP)
Repórter colaborador
Publicado em 4 de novembro de 2024 às 06h10.
Morreu neste domingo, aos 91 anos, Quincy Jones, um dos maiores produtores musicais de todos os tempos.
"Com corações cheios, mas partidos, devemos compartilhar a notícia do falecimento de nosso pai e irmão Quincy Jones", disse a família, em um comunicado. "E, embora esta seja uma perda incrível para nossa família, celebramos a grande vida que ele viveu e sabemos que nunca haverá outro como ele".
Segundo seu assessor, Arnold Robinson, o músico morreu ao lado da família em sua casa em Bel Air, em Los Angeles.
Quincy foi o responsável por produzir alguns dos álbuns mais memoráveis de Michael Jackson, por exemplo: "Off The Wall" (1979), "Thriller" (1983) e "Bad" (1987). Esses trabalhos foram realizados quando o Rei do Pop já havia se desligado do The Jackson Five.
"Thriller", por exemplo, vendeu mais de 20 milhões de cópias somente no ano de seu lançamento - impossível não se lembrar de seu icônico videoclipe com Michael Jackson dançando ao lado de zumbis. Continua sendo o disco mais vendido de todos os tempos - algo em torno de 120 milhões de cópias.
De acordo com a Associated Press, foi de Quincy Jones a ideia de convidar o ator Vincent Price (ícone dos filmes de terror) para a introdução da faixa-título do álbum e também de chamar Eddie Van Halen para tocar em "Beat It", que depois viraria trilha do filme "De Volta para o Futuro".
Outro trabalho memorável de Quincy foi em "We Are The World", que reuniu dezenas de estrelas da música em 1985 para arrecadar fundos para a luta contra a pobreza na África. Um documentário recente da Netflix, "A Noite que mudou o Pop", mostra os bastidores das gravações.
Quincy Jones também fez arranjos para artistas de peso como Frank Sinatra e Ella Fitzgerald, além de participar de turnês ao lado de lendas do jazz como Count Basie.
Entre suas premiações estão 28 Grammys, dois Oscars honorários e um Emmy.