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Cartunista Paulo Caruso morre em São Paulo

Desde 1987, Caruso ilustrava as entrevistas do programa Roda Viva, da TV Cultura

O cartunista Paulo Caruso ilustrando uma entrevista no Roda Viva, em 2009: cartunista passou por vários veículos como Diário Popular, O Pasquim e Istoé (Creative Commons Attribution 2.0/Wikimedia Commons)

Publicado em 4 de março de 2023 às 13h45.

Última atualização em 4 de março de 2023 às 19h04.

Morreu na manhã deste sábado (4) em São Paulo, o cartunista Paulo Caruso, de 73 anos. Ele estava internado no Hospital Nove de Julho, no centro da capital paulista.

O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte de Caruso  e disse que ele foi um grande desenhista e cronista político, com uma criatividade inesgotável, que retratou com talento e consciência o dia a dia que constrói nossa história recente.

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"O seu traço veloz e seu humor já são parte da memória nacional. Contribuiu com seu talento na luta pela democracia e por um país com direito à liberdade de expressão. Meus sentimentos ao seu irmão, Chico, aos seus familiares, amigos e admiradores', disse Lula em nota.

Quem foi Paulo Caruso?

Nascido na cidade de São Paulo em 6 de dezembro de 1949, Caruso era caricaturista, ilustrador, chargista e músico, Paulo José Hespanha Caruso tinha um irmão gêmeo, Chico Caruso, também cartunista.

Desde 1987 esteve no Roda Viva, programa da TV Cultura, ilustrando as entrevistas. Formado em Arquitetura pela FAU - USP, não seguiu carreira e começou como chargista no Diário Popular em 1960.

A partir daí passou por diversos veículos de comunicação como O Pasquim, revistas Careta, Senhor e Istoé.

Entre os diversos livros publicados, destaca-se As Origens do Capitão Bandeira, 1983, e outros com cenas irônicas que acompanham a história política brasileira, Ecos do Ipiranga (1984) e Bar Brasil na Nova República (1986).

Além disso escreveu também São Paulo por Paulo Caruso - Um Olhar Bem-Humorado sobre Esta Cidade (2004), em homenagem aos 450 anos da metrópole.

Paulo Caruso recebeu vários prêmios, como o de melhor desenhista, pela Associação Paulista dos Críticos de Arte - APCA, em 1994. Por sua habilidade para a sátira e para a caricatura, aliada à numerosa produção, sua obra é mais conhecida do país.

Não há informações sobre o velório e sepultamento.

*com informações da Agência Brasil

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