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'Drácula: A Última Viagem de Demeter' foi um intenso trabalho em alto-mar, dizem diretor e atores

Em coletiva de imprensa, André Ovredal, Corey Hawkins, Liam Cunningham e David Mastmalchian comentam sobre os desafios de gravar a adaptação do vampiro mais famoso do planeta

'Drácula: A Última Viagem do Deméter', produção da Universal, está em cartaz nos principais cinemas brasileiros (Drácula/Universal/Divulgação)

'Drácula: A Última Viagem do Deméter', produção da Universal, está em cartaz nos principais cinemas brasileiros (Drácula/Universal/Divulgação)

Luiza Vilela
Luiza Vilela

Repórter de POP

Publicado em 29 de agosto de 2023 às 20h11.

Última atualização em 29 de agosto de 2023 às 20h11.

Na última quinta-feira, 24, entrou em cartaz nos cinemas o filme "Drácula: A Última Viagem do Deméter", uma nova adaptação do livro de  Bram Stoker do vampiro mais famoso do mundo — particularmente do capítulo que recebe o mesmo nome do filme.

A ideia para o longa-metragem, de André Ovredal, foi trazer um filme de terror e suspense. Diretor de outros filmes do gênero, como "Histórias Assustadoras para Contar no Escuro", "A Autópsia" e "Polaroid", foi na adaptação de Drácula que Ovredal enfrentou uma das maiores dificuldades de um cineasta: enxergar algo diferente em uma história mundialmente conhecida.

"Quando eu recebi o roteiro, pensei comigo: 'esse monstro desconhecido, navegando com a tripulação, isso daria um filme de terror incrível'", disse o diretor em entrevista coletiva da qual a EXAME POP fez parte. "Foi um grande desafio porque o Drácula nunca foi retratado desse jeito, pensamos em uma abordagem original, e isso também foi um desafio. Não é mais só um monstro qualquer, ele é diferente dos outros filmes".

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No filme, a imagem do monstro aparece algumas vezes, o que quebra parte do suspense do personagem e aproxima o longa de outros filmes de terror centrados em seres sobrenaturais. E atuá-lo foi um trabalho complexo de Javier Botet, que encarou o figurino para que o filme usasse o mínimo de efeitos especiais possível. "Em geral, eu sou mais fã dos vilões, dos caras ruins. Acho mais divertido de interpretar, embora seja mais complexo. E a roupa também não foi lá a coisa mais fácil, o que acrescentou mais dificuldade a tudo isso", destacou o ator.

Também fazem parte do elenco os atores Corey Hawkins, Liam Cunningham e David Mastmalchian, que participaram da coletiva.

(Drácula/ Universal)

Terror em alto mar

Para além do desafio da adaptação, a parte prática de gravar uma história em alto-mar foi particularmente complicada. "Filmar em um navio, no meio de uma tempestade e com toda aquela água, figurino e maquiagem, isso tudo foi muito difícil. Existe um limiar de tempo, e tivemos que correr contra ele para que tudo desse certo", comentou Ovredal. "Filmamos no verão e de noite, um ambiente muito instável. Se batesse um vento, tinha que abaixar todas as velas, começar tudo de novo, e não foi nada fácil".

Ovredal revelou, ainda, que foram necessários mais ou menos quatro meses para a gravação completa do filme. As gravações foram feitas em um navio de verdade, atracado na Alemanha.

Mas para Corey Hawkins, que vive o protagonista do filme, apesar de todas as dificuldades, o saldo foi divertido. "O filme é todo muito intenso, cenas que dão um medo, tenebrosas mesmo. Mas vou te dizer, foi até divertido! Quando terminávamos uma cena mais séria, alguém ligava a luz, fazia algum barulho e caíamos na gargalhada", destacou o ator. "E aí no meio de tudo você via o Javier Botet de Drácula, se acabando de rir em uma fantasia que parecia um morcegão", completou.

(Drácula/ Universal/Divulgação)

Personagens secundários com destaques de protagonistas

Duas figuras são bastante emblemáticas no filme: Liam Cunningham (Capitão Eliot) e David Dastmalchian (Wojchek). Apesar de secundários, a atuação de ambos foi posta a prova em personagens bem mais complexos do que os demais da tripulação.

"Meu personagem demandou uma força física mesmo, sobretudo nas cenas finais do filme, contra o Drácula. Isso foi muito tão desafiador quanto a parte emocional de estar enlouquecendo em um navio tomado por um monstro", explicou Dastmalchian. "Tive que colocar na cabeça o que pensaria uma pessoa nessa situação, de ver que o Demeter estava realmente condenado, e foi um grande desafio".

Liam teve um sentimento parecido. "A gente se sente atraído pelo perigo as vezes, mas encontrar a emoção para viver um terror como esse, foi algo a mais. É como pensar que tudo foi tirado das pessoas naquele navio, e elas simplesmente não mereciam nada daquilo".

'Drácula: A Última Viagem do Deméter', produção da Universal, está em cartaz nos principais cinemas brasileiros.

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