Buraco negro: De acordo com as imagens divulgadas, esta cratera, com comprimento de onda de luz ultravioleta extrema, aparece como uma área escura perto do centro e da porção inferior do Sol (Nasa/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 6 de dezembro de 2023 às 16h07.
Última atualização em 6 de dezembro de 2023 às 16h10.
Uma buraco negro do tamanho de 60 planetas Terra foi identificado pelo observatório Solar Dynamics, da Nasa no último domingo, 3. A cratera possui 800 mil quilômetros e foi observado na coroa solar, parte mais externa do Sol.
De acordo com as imagens divulgadas, esta cratera, com comprimento de onda de luz ultravioleta extrema, aparece como uma área escura perto do centro e da porção inferior do Sol.
Segundo a Nasa, esse buraco coronal está transmitindo vento solar em direção à Terra há cerca de um mês. Esses ventos são áreas de campo magnético aberto a partir das quais as partículas solares fluem para o espaço.
Esses ventos solares em direção a terra pode causar tempestade geomagnética de intensidade G2, considerada de nível moderado. A escala vai do G1 ao G5.
O Centro de Previsão do Clima Espacial (SWPC) da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) monitora de perto esses eventos, pois eles tem potencial para afetar as comunicações por satélite, sistemas GPS e as redes elétricas.
A expectativa do departamento era de que essa tempestade durasse até ontem, perdendo intensidade ao longo das horas. Até o momento ela está em direção a Terra, porém ainda não causou grande impacto.
Segundo a Nasa, o buraco na coroa solar pode surgir em qualquer região do astro e é considerado um fenômeno comum. Esse evento é mais detectado durante o período chamado "mínimo solar", onde trata-se de um momento de menor atividade do ciclo solar.
A agência espacial ainda afirmou que os níveis de tempestades G1 a G2 podem aumentar as chances de ver a aurora boreal mais longe dos pólos. À medida que o vento solar se aproxima, a interação das forças solares e terrestres poderá iluminar os céus com tons diferentes.