Startup oferece alternativa para receber encomendas da B2W e BR Malls
A Clique Retire instala “armários inteligentes” que permitem que o consumidor retire pacotes comprados pelo e-commerce em metrôs, postos ou shoppings
Carolina Ingizza
Publicado em 27 de novembro de 2020 às 06h00.
Última atualização em 27 de novembro de 2020 às 08h09.
Receber o produto em casa ou retirar na loja. Para muitos consumidores, essas serão as duas opções de frete disponíveis nesta Black Friday . Mas uma startup brasileira chegou ao mercado um ano atrás para adicionar mais um opção: armários inteligentes (ou e-Boxes).
A Clique Retire permite que os consumidores que não querem ou podem receber encomendas em casa possam buscar o produto em pontos próximos a sua rota diária. A empresa deixa os pacotes comprados no e-commerce em um e-Box da escolha do consumidor, que precisa somente de um QR Code para liberar o pedido.
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Há armários instalados nas 42 estações de metrô do Rio de Janeiro e estão sendo colocados novos nas estações das linhas 4 e 5 da cidade de São Paulo. Em postos de gasolina da BR Distribuidora, há mais de 30 máquinas no Rio e em São Paulo, e outras 40 serão instaladas até o fim do ano.
Na Black Friday, as redes de shopping centers BR Malls e Aliansce Sonae decidiram instalar os armários para oferecer aos consumidores uma nova forma de retirada dos pedidos. A varejista Lojas Americanas, da B2W, também experimenta os e-Boxes pela primeira vez na data. A expectativa é que com mais este canal de entrega, mais consumidores estejam dispostos a comprar pela internet.
“Os grandes varejistas nos trouxeram o feedback de que a solução atenderia ainda um público de conveniência — quem pode receber em casa, mas não conta com ninguém disponível no momento da entrega”, diz o diretor da Clique Retire, Gustavo Artuzo.
A empresa, que cresceu 101% nos três primeiros meses de pandemia, espera dobrar o número de pacotes enviados em novembro na comparação com o mês anterior. Além de atender os consumidores que precisam de alternativas ao endereço residencial, a startup espera suprir parte da demanda por logística reversa nas trocas e devoluções de produtos comprados na Black Friday.
“A ideia de utilizar os e-Boxes para a reversa ampliou novamente nosso mercado e nos permitiu atender a todos os perfis de consumidores do e-commerce brasileiro”, afirma Artuzo. Afinal, mesmo quem recebe os pacotes em casa precisa ir até uma agência dos Correios se precisar devolvê-los.
O potencial do mercado é enorme: só na Black Friday, a expectativa é que o comércio eletrônico movimente6,9 bilhões de reais este ano, 77% a mais que em 2019.